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Cultivando uma cultura de discipulado

Muitos pastores tentam implementar mudanças a fim de melhorar a evangelização e o discipulado de suas igrejas; porém o peso da cultura existente frequentemente esmaga qualquer avanço após certa animação inicial. Como mudar esse cenário? 
 
Neste livro, Colin Marshall e Tony Payne expandem a mentalidade de discipulado de A treliça e a videira, mostrando de forma prática e didática um passo-a-passo sobre como mudar a cultura da sua igreja em direção ao discipulado.

Conheça a história da Virgínia

Planejamento, treinamento e capacitação para o ministério infantil em uma cultura diversificada.

Conheça a história de Tiago

De 25 para 500. Transformando uma igreja pequena e estagnada em uma cidade regional de tamanho médio.

Conheça a história da Davi

Estabelecendo a cultura de discipulado na plantação de uma igreja não-denominacional de uma grande cidade regional.

Conheça a história de Barnabé

Usando os 4Es para reviver uma igreja denominacional em declínio no subúrbio.

Conheça a história de Gabriel

O crescimento do ministério dos 4Es em uma área culturalmente diversa com uma população em expansão.

Conheça a história da Ricardo

De espectadores de cultos a discipuladores: Transformando uma igreja tradicional e confortável.

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Guia de Estudos!

Este guia de estudo foi planejado para interagir com o conteúdo do livro Projeto Videira.

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Conheça a história da Virgínia

Planejamento, treinamento e capacitação para o ministério infantil em uma cultura diversicada

Virgínia integra o ministério infantil em uma igreja evangélica em um subúrbio culturalmente diversificado.

Qual é a sua visão geral para o ministério?

Temos uma visão específica, que se encaixa sob a visão para os adultos — vidas de crianças transformadas por Jesus Cristo para a glória de Deus.

Então, essencialmente, tem a ver com transformação... mudança. Ver crianças chegando à fé e crescendo em fé. A mudança só é possível através de Jesus — através da pregação do evangelho. E é tudo pela glória de Deus. Queremos que todos (líderes, crianças, pais, liderança da igreja, famílias da igreja) conheçam essa visão e sejam movidos por ela.

Nós até inventamos um canto especialmente para nossas crianças e o imprimimos em cartões de visitas para eles.

Líder: queremos ver...

Crianças: vidas de crianças transformadas

Líder: transformadas por...

Crianças: transformadas por Deus

Líder: transformadas através de...

Crianças: transformadas através de Jesus

Líder: Para que as crianças saibam...

Crianças: como Deus é grande!

Que programas você tem em sua igreja para se conectar com novas famílias?

Novas famílias vêm para a igreja das crianças (nossa escola dominical). Também administramos o Clube infantil depois da escola, que é um programa baseado em jogos para crianças de 8 a 12 anos. E também há Música e movimento, que é um programa quinzenal para crianças de 3 a 4 anos (pré-escolares). Ele está repleto de atividades de canto, dança e música, e conclui com uma história da bíblia e o chá da manhã.

Também temos a Hora dos jogos para crianças pré-escolares em outras manhãs. É um momento em que pais, avós e cuidadores podem vir e desfrutar de um estimulante programa de jogos, música, histórias e artesanato com seus filhos. É também um lugar onde os adultos podem conhecer outros adultos e obter apoio e encorajamento, além de criar amizades. E é uma oportunidade para os cristãos falarem do evangelho na vida das pessoas.

O Clube infantil, Música e movimento e a Hora dos jogos são todos de alcance. E no momento, em toda a igreja, existem cerca de 60 grupos étnicos representados.

Também temos duas equipes de professores que frequentam nossas escolas locais e ensinam as Escrituras.

Quantas crianças no total estão sob seus cuidados este ano?

O Clube infantil tem em média 40 crianças por semana. A Igreja das crianças tem uma média de 200 a 220 por semana. Hora dos jogos e Música e movimento têm, em média, 50 crianças por semana. O ensino das Escrituras alcança cerca de 280 crianças em duas escolas por semana.

O primeiro contato geralmente é no domingo ou nos programas durante a semana?

Ambos. Novas famílias entram por nossas portas nas manhãs de domingo. Mas também temos famílias que se juntam aos nossos programas infantis Hora dos jogos, Música e Movimento e Inglês para estrangeiros. Eles vêm para nossos programas no meio da semana por causa de nosso letreiro, ou porque as pessoas os convidaram, ou porque grupos comunitários em nossa área nos recomendaram a eles. Eles vêm aos domingos geralmente por convite ou pelo nosso site.

Como vocês estão chegando aos pais?

As equipes no meio da semana que viram mais frutos foram as que tinham um evangelista em sua equipe.

Nosso cuidado pastoral com as famílias da Hora dos jogos tem sido um pouco irregular. Mas quando acertamos, é ótimo. Uma mulher tem um bebê e alguém da igreja aparece com uma cesta de bebê e refeições. O esposo e a esposa ficam maravilhados, pois nem mesmo suas famílias fazem isso por alguns deles.

Havia uma senhora que veio à hora dos jogos e na segunda semana disse: “Não tente me converter. Eu não estou aqui pela religião. Eu gosto do fato de que este é um ambiente limpo e vocês têm brinquedos de qualidade.” Ela era muito franca. No final do ano, ela fez uma operação. Os cristãos da Hora dos jogos amavam e cuidavam dela — ela recebia refeições e apoio. E no final daquele ano ela alegremente veio ao nosso culto de natal!

Você pode falar um pouco mais sobre os evangelistas?

Todos são chamados a evangelizar, mas identificamos pessoas que demonstraram ter o dom do evangelismo. Eles falam de Jesus o tempo todo e nem precisam pensar sobre isso.

Você tenta ter um evangelista em cada um desses programas, certo?

Sim, é importante que o líder da equipe não seja o evangelista. Você não quer que seu evangelista seja quem tem que pensar em levar o programa adiante, matrículas, certificar-se de que as coisas estão encaixadas e instaladas. Você realmente quer que seus evangelistas estejam livres para vir e apenas conversar. Eles não precisam estar cortando as frutas.

Como vocês injetam o evangelho nos programas?

Em nosso Música e movimento, há uma história da Bíblia para as crianças todas as vezes. Às vezes isso estimula as conversas sobre o evangelho, outras vezes não. O que é de importância primordial em qualquer ministério no meio da semana para as famílias é que os cristãos da equipe vivam e falem de Jesus.

Às vezes as pessoas vêm porque estão curiosas: “O que há para oferecer aos meus filhos? Sobre o que é esta igreja? Será que serei bem recebido?”

Uma senhora muçulmana entrou (por causa do letreiro na frente), mas estava muito hesitante. Ela disse: “Não tenho certeza se devo estar aqui. Eu sinto que estou tomando o lugar de alguém de sua igreja.” O líder da equipe assegurou-lhe que ela era muito bem-vinda e lhe deu um pacote de boas-vindas. Dentro do pacote havia um CD de músicas infantis, My God is so big [Meu Deus é tão grande]. O marido não a deixava ouvir em casa, então ela tocava em seu carro no caminho de ida e volta da escola. Ela disse que era a única coisa que seus filhos queriam ouvir.

A outra coisa que fazemos em nossos programas no meio da semana é dar presentes. Tivemos uma celebração de Páscoa no ano passado, onde as famílias de nossos programas Hora dos jogos e Música e movimento se juntaram. Tínhamos cerca de setenta a oitenta pessoas lá — mães, pais, avós e filhos; era muito diversificado etnicamente.

Um de nossos líderes leu uma história que levou crianças do ovo de páscoa ao túmulo vazio, permitindo que eles vissem Jesus. Depois, enquanto as crianças faziam uma atividade artesanal, os adultos ouviram a história da mulher no poço e foram convidadas para o nosso curso Explicando o cristianismo e para nosso culto de Páscoa. O dia terminou com uma caça aos ovos de páscoa. Quando cada família partiu, nós lhes demos um livro de figuras. Custou cerca de 600 dólares, mas todas as famílias (muçulmanas, hindus, etc.) aceitaram o presente. Nossa oração é que esses livros ilustrados sobre Jesus sejam lidos nesses lares.

Você faz muito para preparar os pais para discipular seus filhos em casa?

Eu acho que é como exercício: achamos que estamos fazendo mais do que realmente fazemos. Minha experiência é que os pais pensam que estão fazendo muito mais do que realmente fazem. Eu pesquisei nossas crianças há dois anos. Os pais pensam que estão lendo a Bíblia e orando com seus filhos regularmente, mas, do ponto de vista das crianças, está acontecendo muito menos e, em alguns casos, simplesmente não acontece.

Mas alguns dos nossos pais estão fazendo brilhantemente, e dá para perceber. Pode-se perceber pela maneira como as crianças falam, as perguntas que fazem, o jeito que elas oram... Dá para saber se elas estão sendo bem discipuladas em casa.

Os líderes conseguem notar quais estão sendo ajudadas em casa?

Sim, é muito evidente. O sinal mais revelador é o modo como as crianças oram.

Nossas crianças são encorajadas a orar em seus pequenos grupos toda semana. Os menores de sete anos oram duas vezes — primeiro uma oração repetida sobre o que aprenderam e depois sua própria oração. É quando eles oram individualmente que você ouve a maturidade em suas orações. E você pode ouvi-la desde muito cedo.

As mães são mais ativas que os pais?

Sim, a maioria das mães está conversando com seus filhos em casa.

Eu consigo lembrar de um menino que estava sendo bem discipulado por seu pai (o pai se tornou um cristão, mas sua esposa não). Lembro-me de dizer ao menino: “Você ora com seu pai todas as noites, não é?”

O menino parecia surpreso e perguntou: “Como você sabe?” Eu respondi: “Eu posso ouvir em suas orações”.

Ele parou de fazer orações centradas em si mesmo. Ele estava orando para que Deus fosse glorificado em tudo. Os pais que oram com seus filhos têm um grande impacto, principalmente nos meninos.

Como você espera que os pais leiam a Bíblia e orem com seus filhos?

Espero que os pais pensem intencionalmente em usar o tempo que têm e aproveitar mais as oportunidades que têm. Então, não desperdice a viagem de ida e volta para a escola, não perca a oportunidade durante o comercial da televisão (fale sobre o que acabaram de ver)... Não desperdice o tempo de banho...

Os pais pensam: “Eu não tenho tempo para ler a Bíblia e orar com meu filho”.

Mas você pode usar o tempo do banho para recontar ou ler histórias das escrituras. Uma ótima rotina que encorajamos nossos pais a estabelecer com seus filhos desde a infância é: Bíblia, banho, cama.

Acabamos de começar os planos de leitura bíblica para crianças de 3 a 11 anos. No primeiro domingo em que foram apresentados, uma mãe disse: “Eu tenho sido tão convencida ultimamente sobre como tenho sido relapsa em ler a Bíblia com meus filhos. Eu estava orando esta manhã para que Deus me ajudasse a recomeçar este ano com meus filhos. Eu fui à igreja e meu filho veio com este plano de leitura da Bíblia.”

É uma ideia muito simples, mas muito útil para as famílias. Esta mãe estava muito animada que sua igreja tinha um plano para seu filho.

Os pais que têm sido regulares com esses planos de leitura da Bíblia agora relatam que seus filhos se recusam a ir para a cama se a Bíblia não foi lida. Rotinas para crianças são muito importantes e críticas para o contínuo discipulado delas. Geralmente leva um mês fazendo-o intencionalmente todos os dias para que uma rotina como essa seja estabelecida na vida de uma criança.

Como você faz a preparação de todos os líderes?

Liderando o Ministério das crianças em nossa igreja, vejo meu papel em três áreas. Primeiro, pretendo manter viva a visão do ministério infantil e na mente de todas as pessoas em cada ministério de nossa igreja. Todo líder, toda equipe, toda pessoa de apoio precisa ver como seu papel é vital em relação a essa visão.

Segundo, eu preciso levantar equipes de pessoas que são talentosas e apaixonadas por servir as crianças e suas famílias. Preciso combinar os talentos, a capacidade e o estágio da vida de acordo com as necessidades que temos em todos os nossos ministérios.

E terceiro, preciso capacitar e desenvolver essas equipes.

Portanto, o treinamento de cada líder de equipe é vital. A maior parte do treinamento no ministério infantil se concentra nos líderes voluntários que ensinam as crianças, mas muito poucos treinam o líder dos líderes. Preciso dedicar meu tempo e energia aos líderes de equipe, para que eles possam, por sua vez, discipular os líderes de suas equipes.

Assim, o treinamento individual de cada líder de equipe tornou-se parte de nossa cultura de capacitação. Cada líder de equipe se reúne uma vez por período comigo ou com o outro líder do ministério de crianças. Nosso objetivo é discipular cada líder de equipe, preparando-os para discipular sua equipe.

Meu objetivo pessoal é gerar mudança em até 7 dias quando um líder de equipe traz um problema. Então, quando uma questão ou problema é levantada, meu objetivo é retornar para eles dentro de sete dias com uma solução ou com o curso planejado de ação. Cada líder de equipe precisa saber que tem meu apoio.

Eu também aprendi a fazer um treinamento menos formal — uma noite de visão e um evento de treinamento de meio dia por ano para cada líder voluntário. Eu dediquei mais tempo e energia para tornar esses momentos de treinamento mais agradáveis e mais estimulantes para os meus líderes. Fazer menos treinamento, mas aumentar a qualidade do treinamento. Tornar meus líderes conectados ao pastor principal foi vital. Eles precisam ver que ele valoriza seu ministério com as crianças em nossa igreja. Então, na noite da Visão, no início do ano, o pastor principal fala para eles, juntamente com os líderes de pequenos grupos de jovens e adultos. Todos em papel de ensino em toda a nossa igreja, não importa a idade da pessoa que está sendo ensinada, são abordados e encorajados naquela noite.

Eu faço o treinamento ser obrigatório. Se os líderes estão planejando não comparecer na reunião de meio dia de março, eles precisam ter uma conversa pessoal comigo sobre por que eles não virão. Como resultado, normalmente tenho cerca de 80 a 90% dos meus líderes voluntários presentes no treinamento.

Além disso, todas as pessoas em um cargo de ensino tem um encontro uma vez por ano comigo. Eu venho e os observo fazer toda ou parte de uma lição. Eu então uso um modelo de orientação que incentiva meus líderes a aprenderem a refletir e crescer.

Qual é o modelo de orientação que você usa?

Essencialmente, eu uso quatro perguntas para ajudar a refletir sobre o que eles acabaram de fazer com as crianças. Começo perguntando a eles: “Do que você fez, o que te deixou feliz, que funcionou bem? Com o que você não ficou feliz, o que não funcionou?” Então eu dou um retorno: o que eu vi que não funcionou, que foi difícil. O que vi que gostei, que funcionou bem.

Essencialmente, o modelo visa ensinar os líderes a fazer a auto-reflexão primeiro, depois buscar as reflexões dos outros. E sempre começa e termina com pontos positivos.

Eu sempre concluo esses momentos de orientação com esta pergunta: “O que você está gostando mais no ministério infantil no momento?”

Eu quero que eles celebrem o motivo pelo qual estamos fazendo o que estamos fazendo e o que eles estão vendo Deus fazer em seu ministério. E nós sempre terminamos em oração.

Eu faço isso desde meus líderes júnior, até pessoas que têm anos de experiência. Todo mundo é treinado uma vez por ano. É provavelmente a coisa mais importante que faço para treinar meus líderes.

Muitas igrejas acham quase impossível conseguir que os líderes se comprometam com o treinamento. Você acha isso?

Você consegue o que espera. Se tem baixas expectativas das pessoas aparecerem, as pessoas atenderão às suas expectativas — elas não aparecerão. Mas se você valoriza o treinamento, se você sabe que vai beneficiá-los como indivíduo e como equipe, então você o torna compulsório. Eu disse a uma jovem que rejeitou essa expectativa: “No final do dia de treinamento, espero que você venha e me agradeça por ter feito você ir”. Eu estava convencida de que ela seria abençoada ao fim do dia.

A maioria das pessoas é hesitante — elas temem que, se esperarem demais de seus voluntários, os perderão. Minha experiência é o oposto: quanto mais eu espero, mais estáveis minhas equipes se tornaram.

Eu tenho maiores expectativas dos meus líderes de equipe agora do que tinha anos atrás, e eu tive 100% deles se comprometendo novamente este ano. Um deles disse: “Vou fazer isso até morrer”.

Agora, dito isto, temos lacunas nas equipes em todos os nossos ministérios. A única constante no ministério infantil é que estamos sempre em fluxo. Estamos sempre precisando de mais líderes. Eu ficaria preocupado se não estivéssemos. Isso indicaria que não estamos crescendo.

O que mais produz esse tipo de cultura de alto comprometimento?

Eu sempre fui clara em meu pensamento que é Deus quem muda vidas, e sua maneira preferida de trabalhar é quando sua palavra é ensinada fielmente e o evangelho claramente pregado. Eu confio no Espírito Santo, que muda a vida das crianças — eu pessoalmente cheguei à fé aos 10 anos.

Mas eu não comuniquei isso para as pessoas ao recrutá-las. Então, quando eu pedi para as pessoas virem ajudar no ministério das crianças, minha linguagem era mais como “Eu vou ensinar e discipular essas crianças... Só preciso de você para ajudá-las a cortar e colar, e supervisioná-las com segurança no banheiro.”

Eu percebi que o jeito que organizei o ministério infantil era muito centrado em mim. E a coisa mais difícil para mim foi sair e dizer: “Na verdade, eu ensinar e discipular as crianças não fará esse ministério crescer”. Eu tive que sair do ministério face-a-face com as crianças e equipar um exército de voluntários dispostos a ensinar e discipular nossos filhos. Eu tive que abrir mão.

E há uma dor real em deixar de lado o ensino presencial de crianças. Eu sabia que o ministério infantil em nossa igreja não cresceria a menos que eu saísse e deixasse outros entrarem.

Você está achando mais difícil obter um alto comprometimento de seus líderes de equipe e voluntários?

Sim, não temos as mães donas-de-casa na quantidade que tivemos anteriormente.

Estou começando este ano com equipes incompletas em todos os ministérios infantis — provavelmente o pior início que tivemos em alguns anos. Isso se deve principalmente ao fato de que no final do ano passado eu tinha outras coisas me pressionando em uma época em que eu deveria estar recrutando minhas equipes.

Em anos anteriores, eu tive baixas expectativas com meus líderes, e a linguagem que usei refletiu isso. Agora tenho expectativas mais altas e a linguagem que uso para os vários papéis reflete isso — ninguém é mais chamado de “ajudante”. Agora eu tenho líderes de equipe, líderes e líderes júnior.

Eu tenho requisitos de função variados, não é apenas “tamanho único”. Há expectativas mais baixas para alguns papéis do que para outros, mas acho que é essencial aumentar a expectativa do que é requerido. Se você espera pouco, então os voluntários tendem a pensar: “Eu não estou fazendo muito. Alguém mais poderia facilmente entrar e fazer isso; não é tão importante”.

Eu também lembro de ter me dado conta de que eu era a única que falava sobre as crianças como minhas crianças. Eu tinha uma compreensão muito clara de que era responsável por ensinar e pastorear nossos filhos.

A linguagem usada por minhas equipes não mudou até que minha expectativa sobre eles mudasse. Lembro-me de pedir a duas mulheres que se comprometessem a ensinar nossos filhos pré-escolares (3 a 4 anos de idade) por um período inteiro, quando anteriormente elas só tinham que ensinar um mês a cada três. Essas senhoras fizeram durante dez semanas seguidas juntas. Elas rapidamente descobriram em que eram boas e atribuíram os papéis apropriados à pessoa apropriada. Foi muito bonito de se ver. No final do prazo, pedi que fizessem um teste de revisão com as crianças. Elas ficaram emocionadas com o que as crianças tinham entendido e o que conseguiram lembrar.

No início do termo seguinte, as duas mulheres vieram até mim de forma independente. Uma delas perguntou: “Quem irá ensinar minhas crianças neste período?” A outra disse: “Sinto falta das minhas crianças”. Nunca tinha ouvido falar a língua de minhas crianças usada por alguém que não fosse eu. As duas mulheres ainda estão ensinando nossos pré-escolares até hoje.

Você aumenta a sensação de propriedade do discipulado infantil aumentando o que é exigido de cada líder.

Não percebemos que privamos as pessoas — maior bênção é dar do que receber. Ver que a vida de uma criança mudou porque você compartilhou Cristo com ela — como isso é precioso! Você não consegue ver isso se você entrar e sair da vida das crianças.

E as crianças devolvem. Quem as crianças procuram durante as férias ou no natal? De todos os adultos da igreja, as crianças procuram aquelas pessoas que as amaram durante o ano. Elas fazem presentes e escrevem cartas para agradecer-lhes por seu amor e por compartilhar Jesus com elas.

Então você acha que temos medo de aumentar o nível?

Consigo pensar em uma mulher com o dom da hospitalidade que também é uma mulher muito ocupada. Comecei a usar seus dons de várias maneiras nos ministérios de crianças. Ela adorou. Alguém comentou que eles não pensaram em pedir a ajuda dela em sua área de ministério porque achavam que ela estava ocupada demais.

Às vezes tomamos decisões pelas pessoas em vez de deixá-las tomar decisões por si mesmas. Nosso trabalho é pintar o quadro do ministério e explicar sua importância, mas depois deixá-los decidir se é apropriado para eles à luz de seus compromissos presentes, o tempo que eles têm disponível e sua capacidade atual. Precisamos parar de tentar adivinhar o que as pessoas dirão.

Às vezes, porém, as pessoas se sobrecarregam e precisamos protegê-las de si mesmas. Minha regra prática, particularmente quando estou pedindo a uma mulher casada que considere assumir uma nova responsabilidade, é incentivá-las a orar sobre isso e falar sobre isso com o marido, depois me dar o retorno.

A história de Tiago

De 25 para 500. Transformando uma igreja pequena e estagnada em uma cidade regional de tamanho médio

Tiago foi indicado como ministro de uma igreja de uma denominação tradicional em uma cidade regional de médio porte há alguns anos.

Como estava a igreja quando você chegou?

A igreja passou por alguns momentos difíceis e passou por numerosos ministros em um tempo relativamente curto. Muitos deles eram servos fiéis e diligentes de Cristo.

Havia pessoas que eram realmente cristãs e amavam a Jesus, mas para algumas delas, isso não se conectava ao resto de suas vidas; Elas verbalizavam que Jesus era a pessoa mais importante em suas vidas, mas sem necessariamente reformular a vida do dia-a-dia.

A primeira vez que convidei pessoas para se tornarem cristãs no final de um sermão, foi muito discreto. Eu simplesmente convidei as pessoas para conversar comigo durante o café se quisessem falar sobre questões que haviam sido levantadas. Algumas pessoas vieram dizer que isso era realmente muita pressão, que se sentiam muito desconfortáveis com isso. Eram pessoas cristãs. Isso me fez ver que as pessoas estavam verbalizando coisas sobre Jesus e em certo sentido realmente acreditavam nessas coisas, mas isso não estava se traduzindo na vida. E assim, acabei tendo que retroceder muito mais no tipo de mudança que eu estava tentando desenvolver.

Você consegue se lembrar daqueles anos anteriores, quais foram algumas das convicções e entendimentos que tiveram que mudar para conduzir a Jesus afetar toda a vida das pessoas?

Uma das maiores convicções que precisaram mudar era não conhecer todos na igreja. Eu vim para uma igreja muito pequena. Acho que havia cerca de 25 pessoas na primeira semana, e isso foi porque todo mundo veio ver o cara novo. Especialmente nas áreas rurais há a sensação de que é bom conhecer a todos, então tivemos que trabalhar muito para ajudar as pessoas a perceberem que uma igreja onde você conhece todo mundo é pequena demais. Nós realmente queremos que todos em nossa cidade, todos os homens, mulheres e crianças estejam sob o senhorio de Jesus Cristo. Então a ideia de uma igreja aconchegante onde conhecemos todo mundo simplesmente não é do que estamos tratando. Então havia esse tipo de barreira, de superar algo que era reconfortante e conhecido e não previsível, mas seguro.

Quanto tempo isso levou?

Ainda estamos fazendo isso agora. Eu acho que isso nunca termina. No começo, havia apenas um culto de domingo de manhã, e uma das primeiras coisas que fizemos foi iniciar um Estudo Bíblico em uma noite de domingo. Depois de um tempo, decidimos que não seria mais um grupo de estudo da Bíblia. Queríamos usá-lo para plantar uma igreja à noite. E houve pessoas deixando a igreja por causa disso, incluindo algumas do grupo de Estudo bíblico porque estávamos tirando algo que era muito precioso para elas. Eu amava o grupo de estudo bíblico também, era ótimo; mas por mais que o amássemos, queríamos que as pessoas ouvissem sobre Jesus. E a melhor maneira de isso continuar acontecendo era torná-lo um grupo mais aberto. Sim, pessoas deixaram a igreja por causa disso.

Então você não esperou que todos estivessem de acordo com essa mudança. Você teve que fazer uma mudança estrutural para reforçar o tipo de igreja que vocês queriam ser.

Sim. E o processo geralmente é falarmos com as pessoas, deixarmos as pessoas adotarem a ideia de fazer isso e perguntar se elas têm alguma ideia. Mas temos que chegar a um ponto em que dizemos que simplesmente vamos fazer isso. Eu realmente não consigo pensar em nada que tenhamos feito com as nossas plantações de igrejas ou qualquer outra coisa em que todos estivessem de acordo.

Isso pode ficar bastante estranho em uma cidade regional. Pessoas saírem de uma igreja e passarem a ir a outra, imagino que seja algo algo maior do que em um ambiente de igreja suburbana ou urbana.

É enorme, é uma grande questão. E pessoalmente, sinto que sofri muitos danos colaterais ao longo do caminho como pessoa por causa disso.

O impacto da crítica e coisas assim? Isso provavelmente afetou sua esposa e as crianças também.

Sim, e o constrangimento de estar na rua e saber que alguém viu você e atravessou a rua. Não porque eles necessariamente te odeiem, embora em alguns casos possivelmente seja verdade, é apenas estranho. Tomamos uma decisão e eles não gostaram.

Que outras decisões estruturais você fez ao longo do caminho, particularmente naqueles primeiros anos, para refletir aonde você queria ir, para levar a cultura adiante?

Uma das mudanças estruturais muito úteis que encontramos foi ser muito preciso e gentilmente provocativo com a nossa linguagem. Então, por exemplo, quando começamos outra igreja, nós deliberadamente não falamos sobre começar outro culto, mas continuamos falando sobre começar outra igreja. Nós conversamos muito conscientemente sobre começar uma plantação de igrejas e sobre pessoas não terem expectativas de conhecer alguém fora de sua própria igreja porque nós sabíamos que tínhamos que trabalhar contra esse tipo de mentalidade. Não queríamos que as pessoas pensassem em nós como uma grande igreja com muitos cultos, mas em pensar em si mesmas como parte de uma rede de igrejas. Nós queríamos que eles respirassem o ar da plantação de igrejas. É simplesmente o que fazemos.

Quanto tempo demorou para chegar a esse ponto de usar a linguagem de plantação de igrejas?

Provavelmente cinco ou seis anos. Nossa equipe foi a uma conferência de plantação de igrejas onde eles falaram que novos empreendimentos geravam maior crescimento do evangelho do que versões mais antigas e estabelecidas. Fomos convencidos disso e de que nosso vocabulário realmente precisava mudar. Começamos a falar mais abertamente sobre igrejas em vez de cultos e sobre não precisar conhecer mais ninguém das outras igrejas.

Nós estávamos lidando com a resistência de precisar conhecer todo mundo. Não queremos que você conheça ninguém além do grupo de pessoas com quem você está se encontrando. E é completamente irreal pensar que você pode conhecer e discipular pessoas que estão se encontrando em um horário completamente diferente. Tivemos que abandonar essa ilusão. Queríamos gerar a autonomia das igrejas, então a linguagem era importante.

Você ainda tinha um corpo de líderes na supervisão de todo o trabalho de uma maneira tradicional, mas com cada congregação tendo vida própria e alguma autonomia?

Correto. E quando isso se desenvolveu, a liderança tornou-se quase como um conselho executivo que gerencia a visão geral e a coordenação entre as igrejas. Mas cada uma das igrejas também tem sua própria equipe de liderança, trabalhando funcionalmente como os presbíteros em um sentido bíblico.

A partir dessa conversa, parece que as mudanças estruturais foram mais importantes para o crescimento do evangelho do que o treinamento das pessoas. Arrumar a treliça foi o primeiro estágio para aumentar o trabalho da videira?

Eu acho que em parte é porque, quando cheguei aqui, herdei uma “treliça” com quase nenhuma videira nela. E é quase como se eu precisasse ajudar as pessoas a verem que treliça não é ministério. Porque as pessoas sentiam que certas coisas estavam acontecendo e isso era bom, mas na verdade não era ministério.

Mas eram coisas importantes como gerenciamento e supervisão...

Foi muito importante, mas também um obstáculo, porque isso sempre joga contra uma mentalidade de tentar fazer com que as pessoas vejam o valor da videira e a distinção entre a videira e a treliça. Ambas têm seu lugar, não me interprete mal, mas eu olho para trás e me pergunto se eu perdi muito tempo e teria sido melhor ser um plantador de igrejas independente. Por anos você sente como se estivesse fazendo coisas com um freio de mão puxado.

Houve muita resistência a essas mudanças?

Nós fomos colocados aqui pela denominação, não convidados pela igreja. As coisas aconteceram a partir do zero, mas houve muita resistência de cima. Simplesmente porque estávamos quebrando estruturas de poder.

Então, o que fez isso mudar com o tempo? Alguns dos líderes e famílias importantes vieram com você ou todos foram embora?

Pela graça de Deus, a maioria simplesmente saiu. Alguns deles eu gostaria que tivessem saído mais cedo. Para ser honesto, a igreja felizmente ignorava isso e apenas seguiu adiante. Depois de cinco ou seis anos, eu estava à beira de um colapso nervoso.

Qual foi a próxima mudança? Você teve um colapso?

Tivemos uma grande batalha para nomear um novo membro da equipe que veio de nossa igreja e acabara de concluir o treinamento teológico. Esse foi um dos maiores momentos da história da nossa igreja. Porque quando Estêvão voltou, algumas pessoas que ainda estavam na liderança, mas incrivelmente antagônicas — e de maneiras muito pessoais — puderam ver que se um ministério de equipe se desenvolvesse, isso mudava o cenário, porque eles não podiam simplesmente se livrar de mim. Havia agora dois de nós. O status deles estava ainda mais ameaçado. Quando um ministério de equipe foi capaz de se desenvolver, houve um ímpeto maior em termos de onde a igreja estava indo e qual era nosso foco.

Tudo isso desafia a política e a governança da igreja. Eu notei que nomear os aprendizes de ministério tem um efeito similar, pois a igreja vê que você está falando sério sobre levar o evangelho a mais pessoas e temos que levantar mais fundos. Coloca a igreja em terreno de missão.

Sim, de fato. Nós tentamos fazer nossa equipe crescer de dentro. Mas agora existem todos os tipos de pessoas de nossa igreja que fizeram um aprendizado conosco, que agora estão fora e fazendo outras coisas. Então nosso povo vê que o evangelho está dando frutos e crescendo em todo o mundo.

Como você começou a preparar seus membros para fazer parte de uma igreja voltada para a missão?

Foi simplesmente uma questão de ajudar as pessoas a verem a partir da Bíblia que estão envolvidas nisso. Eles estão onde a ação acontece. Eles fazem uma parte emocionante do evangelho crescendo e dando frutos em todo o mundo. Ajudar as pessoas a se sentirem quase comissionadas a fazê-lo. Isso foi apenas uma mudança de paradigma no modo como eles viam as coisas. E obviamente, junto com isso, estava dar a eles as habilidades para seguir em frente e fazer o trabalho. Temos muitos cursos diferentes sobre como falar efetivamente com as pessoas sobre Jesus.

Que tipo de cursos você ministrou?

Nos primeiros dias, realizamos cursos específicos de treinamento, como o Two ways to live, sobre como explicar o evangelho e como acompanhar um novo cristão. Mas eu aprendi rapidamente que eu pessoalmente tinha que fazer as pessoas chegarem a eles. Lembro-me claramente de aparecer no pequeno e antigo salão em que estávamos nos reunindo para o primeiro curso de treinamento de evangelismo: ninguém apareceu. Porque, tolamente, eu realmente não toquei no ombro de ninguém e disse: “Ross, isso seria algo muito bom para você”. Então eu rapidamente aprendi que era muito importante trazer as pessoas comigo na cultura da mudança, ao invés de fazer um tipo de convite vago.

Qual foi a importância do púlpito em ensinar e reconectar a vida cristã ao propósito da igreja?

Absolutamente central. Até hoje, quando nos sentamos no final de cada ano e elaboramos a meta e foco do ministério para o próximo ano, depois de termos trabalhado nesse processo, a primeira coisa em que trabalhamos é o programa de pregação. Como vamos trabalhar a Bíblia, complementá-la e apoiá-la, e mostrar biblicamente o que estamos fazendo, por que estamos fazendo e qual é o nosso foco?

Foi a pregação regular que Deus usou principalmente para dar às pessoas a sensação de serem comissionadas?

Eu acho que para mim foi. Porque eu acho que sou melhor em pregar a Bíblia do que em fazer treinamento individual. Mas meu colega Steve é muito bom em treinamento individual, então essa foi uma das razões pelas quais eu queria trazê-lo de volta para a equipe e começar a construir um ministério de equipe.

Você escolheu Estêvão conscientemente porque ele tinha uma personalidade diferente e dons diferentes dos seus?

Sim, ele é claramente melhor em certas coisas do que eu, e é por isso que você inclui pessoas assim — porque elas são melhores do que você em algo. Eu estava ansioso para ter um ministério de equipe antes de começarmos a construir novas instalações. Nós éramos nômades naquele momento, mudando de um local para outro.

Para o registro, quantas igrejas há na rede agora?

Cinco.

E quantos na equipe?

Quatro caras de tempo integral e um aprendiz de ministério.

E quantos frequentam as cinco igrejas, no total?

Aproximadamente, incluindo crianças, talvez entre 450 e 500.

O que você fez nesse percurso com a cultura de pequenos grupos? Quão evangelístico você quer que eles sejam? Como você treina os líderes?

Pequenos grupos são essenciais para todas as igrejas e cada igreja tem sua própria rede de pequenos grupos. Nós rapidamente desencorajamos a ideia de grupos que misturassem as igrejas, novamente porque queríamos que as igrejas fossem bastante autônomas.

Os grupos são específicos de cada igreja e nós os vemos como a peça central do cuidado pastoral. Então, dizemos que uma das razões pelas quais você precisa estar em um pequeno grupo é que você não será bem cuidado se não estiver em um. Eles lhe dão a oportunidade de cuidar e sustentar outros cristãos e de receber cuidado e sustento também. Nós os vemos como o eixo da vida cristã.

O que você fez com o treinamento de líderes de pequenos grupos?

Nós tendemos a usar grupos de crescimento com novos líderes. No momento, estamos tentando a ideia de ter algumas semanas em que os grupos não se encontram, mas todos os líderes se reúnem e fazem um estudo bíblico juntos e apenas têm um lanche.

Você vê pequenos grupos como uma maneira de capacitar os membros em seu próprio ministério?

Isso varia de grupo para grupo. Certamente nós os usamos às vezes com o propósito de treinar e evangelizar. Então, às vezes, tivemos períodos em que desafiamos todos os grupos a realizar o próprio evento de divulgação do Termo 3 ou algo assim. Ou fazemos os grupos passarem por algum tipo de curso de capacitação.

Em vez de começar uma nova estrutura de treinamento ministerial, tendemos a levar o treinamento e a capacitação para o grupo. Costumávamos escolher uma noite em que não havia grupos se reunindo e fazer um curso sobre como contar aos outros sobre Jesus ou algo assim. Mas agora trazemos o treinamento para os grupos e dizemos que esse grupo vai fazer esse treinamento para esse período.

Na verdade, alguns anos atrás, nós cancelamos todos os pequenos grupos de todas as igrejas para o primeiro período e fizemos todos fazerem o Curso da sua vida. Dissemos que realmente nos convencemos de que isso é algo que seria útil. Nós o fazíamos todas as noites da semana, para que você pudesse escolher a melhor noite. E assim, a cada noite, você encontraria pessoas das cinco igrejas. Isso foi deliberadamente muito diferente do que normalmente fazíamos porque achamos que a novidade aumentaria a importância de fazer o curso.

Isso foi bem-sucedido em termos gerais?

Acho que sim. No final, tivemos menos pessoas fazendo o curso do que a frequência normal dos pequenos grupos, cerca de 200. Nós esperávamos isso, mas pensamos que se o Curso da sua vida virasse a chave para algumas pessoas — o que aconteceu — valeria a pena.

Uma das chaves que o Curso da sua vida pretende virar é aprender a ler a Bíblia com outra pessoa. Quão normal agora é a leitura bíblica em duplas em suas igrejas?

É um comportamento muito normalizado. O Curso da sua vida realmente ajudou nisso. Nós estávamos realmente convencidos de que essa era uma das grandes razões para fazer o curso e ele realmente animou as pessoas a no final descobrirem que elas poderiam realmente fazer isso, que não é algo assustador. Não me entenda mal, não estou exagerando e dizendo que todo mundo está fazendo leitura em duplas, mas isso realmente ajudou a normalizar que é isso que os cristãos fazem.

Achamos mais difícil fazer com que os homens façam essas coisas em duplas.

Concordo.

Alguma resposta sobre isso?

Não. Obviamente isso é parte de como as mulheres são ligadas relacionalmente. Pode ter algo a ver com tempo também, talvez.

Nossos homens dizem que estão muito ocupados.

Sim, o que é apenas uma desculpa, na verdade. Significa apenas que não está entre suas maiores prioridades. Não somos bons em fazer isso o tempo todo, mas defendemos nossos campeões. Então, se sabemos de alguma dupla lendo a Bíblia juntos, nós os chamamos na igreja e falamos sobre isso com elas, sobre como isso está ajudando. Nós apenas tentamos ajudar as pessoas a normalizar e esperar isso.

O que mais você faz na igreja para reforçar a cultura ministerial e o trabalho da videira de todos os membros?

Nossas igrejas não são particularmente formais, mas mais relaxadas, algumas mais que outras. Levamos as pessoas à frente e temos muitas pessoas envolvidas em espelhar que este é um ministério de corpo, uns para os outros.

Nem todo mundo entende — e me dói o coração — mas eu sinceramente acho que o ar que respiramos é que estamos juntos nisso, estamos ajudando uns aos outros e todos estão envolvidos. Isso se espalha quase subconscientemente pela maneira como fazemos, falamos e explicamos.

Quão normal é que os membros façam amizade com não-cristãos, convidando-os e evangelizando-os?

Difícil de responder. É normal no sentido de que é rotineiramente falado, e em um sentido, é esperado. É falado em relação à expectativa da Bíblia. Algumas pessoas estão fazendo isso muito bem. É uma daquelas coisas que temos dificuldade ultimamente e precisamos trabalhar um pouco mais. No ano passado, por exemplo, tivemos um foco de evangelismo em que abordamos a eficácia que poderíamos ter em nossos relacionamentos e como fazer uso de amizades intencionais em prol do evangelho.

E quanto aos cultos da sua igreja? Você espera que os membros convidem vizinhos e amigos não-cristãos?

Sim, no sentido de que tentamos tornar nossas reuniões tão transparentes quanto possível, para que em qualquer dia, se alguém estiver presente pela primeira vez, não aconteçam coisas que os façam se sentir confusos ou desconfortáveis. Então as coisas são explicadas.

Fazemos coisas como, em uma futura série de pregações, dizermos aos membros que uma semana em particular seria boa para trazer amigos não-cristãos.

Mas também teremos convites para as pessoas se tornarem cristãs em qualquer reunião sem aviso prévio. Estamos alimentando a ideia de que é normal pessoas se tornarem cristãs, e que você pode trazer seus amigos não-cristãos sabendo que esse tipo de coisa será dita.

Você usa alguns dos cursos evangelísticos que estão por aí?

Diga o nome de algum curso, provavelmente já o fizemos em algum momento.

E quanto aos novos cristãos e novos membros, você faz alguma coisa em particular com eles?

Sim. Agora, no começo de cada ano, oferecemos o Curso da sua vida para qualquer um que não tenha feito. E nós dizemos especialmente que, se você é novo na igreja, este curso permitirá que você saiba do que estamos falando.

Que tipo de visão mais abrangente — além da visão do próprio Cristo e do evangelho — você dá à igreja?

Nós tentamos dar visões específicas de missão à igreja o mais claramente possível. Estamos chegando ao fim de uma estratégia ministerial de cinco anos. No momento, estamos lançando uma nova estratégia de cinco anos que, acreditamos, nos ajudará a ser mais eficazes em fazer discípulos de Jesus por meio da plantação de igrejas.

Como você vendeu essa nova estratégia para a igreja?

Tivemos algumas reuniões públicas da igreja e dissemos que é isso que a liderança está apresentando como nosso plano de ação para ser mais eficaz no crescimento de seguidores de Jesus no futuro. Nós distribuímos um documento de visão para todos nas igrejas. Falaremos com a equipe de liderança de cada igreja, traremos algumas pessoas para pensar conosco, teremos algumas reuniões para convidar as pessoas e fazer perguntas.

Tanto quanto possível, temos passos concretos, distintos e mensuráveis nos quais trabalhamos, mas tentamos explicá-los em termos de por que estamos fazendo isso dentro de nossa declaração de visão do crescimento de seguidores de Jesus.

A história de Davi

Estabelecendo a cultura de discipulado na plantação de uma igreja não-denominacional de uma grande cidade regional.

Davi é o pastor de uma igreja independente (não-denominacional) localizada no centro de uma grande cidade regional.

Qual é a breve história de como esta plantação de igreja começou?

Minha esposa e eu nos mudamos para cá há quatro anos. Dois outros casais se mudaram conosco para estar em nossa equipe principal e encontraram lugares para viver e trabalhar. Nós seis nos reunimos e rezamos um ano antes de nos mudarmos, junto com outras pessoas interessadas que tinham ouvido o que estávamos fazendo. Nós nos reunimos na praia, perto de onde nossa igreja estaria e eu queria que aquele tempo refletisse o caminho que a igreja tomaria.

Como você continuou fazendo o tempo em equipe refletir o que você queria na igreja?

Não havia mais do que 15 pessoas, mas eu abria a Bíblia e ensinava, trabalhando através dos 5Ms, um modelo de igreja que eu havia experimentado por muitos anos. Nós queríamos ser uma igreja discipuladora e eu estava convencido do valor do modelo 5Ms, então eu queria ver pessoas crescendo na Magnificação de Deus, na Maturidade na Palavra de Deus, sua Membresia mútua, seu Ministério e Missão.

Então, em cada uma dessas reuniões, eu me concentrava em um desses. Assim, por exemplo, com “magnificação”, nós olhamos para Ezequiel 36 e vimos que Deus faz o que ele faz para sua própria glória, e pensamos o que isso significa para nós como igreja. Nós seremos uma igreja que busca glorificar a Deus.

Que outras passagens você usou em Membresia, Missão e assim por diante?

Para Membresia usamos Efésios 2 e 3 e particularmente Efésios 3.10, que a igreja é onde a multiforme sabedoria de Deus é mostrada ao universo. Há muitas razões diferentes para as pessoas irem à igreja: para se abastecerem ou servirem aos outros, mas queríamos ser uma igreja convicta do fato de nos reunirmos porque Jesus morreu por nós.

Com cada um desses Ms, eu tinha um ponto que queria atacar. Por exemplo, com Maturidade, fomos a Efésios 4, onde a visão de Deus para a nossa igreja é amadurecermos. Isso significa que nossos membros são responsáveis uns pelos outros. Nós não temos apenas um pastor que nos amadurece, mas o pastor foi dado para preparar os santos para as obras de serviço, e nós falamos a verdade em amor uns aos outros. A “maturidade” acontece quando nos reunimos em comunidade e nos colocamos sob a Palavra de Deus. E assim temos a responsabilidade pela maturidade das outras pessoas ao nosso redor. Isso transforma a forma como pensamos sobre a vida da igreja.

E quanto a Missão?

Eu ensinei 2 Coríntios 5 e 6, que nos foi dada a mensagem de reconciliação, que somos os embaixadores de Cristo e este é o dia da salvação. Isso muda nossas vidas e como é ser um embaixador de Cristo.

Onde isso ataca?

A ilustração que usei é que, se somos todos missionários, pense no que você espera dos missionários que apoia no exterior, quando recebe suas cartas de oração. Você quer saber com quem eles estão se encontrando e o que estão fazendo. Seria decepcionante ouvir que este mês eles ficaram no posto missionário e começaram um time de futebol para jogar contra outro time missionário na estrada. Mas não é disso que estamos falando. Queremos sair para conhecer pessoas da comunidade.

Para Ministério, olhamos para Romanos 12 e vimos onde recebemos dons para servir uns aos outros.

O modelo 5Ms captura a cultura que você deseja para toda a igreja?

Sim. Mas os 5Ms são secundários. A oração que fazemos é para ver uma inundação de discípulos de Jesus por toda a nossa região, e por isso precisamos pensar estrategicamente. A estratégia bíblica é que as pessoas sejam mudadas pelo Espírito na Palavra de Deus. As mudanças que queremos ver são aquelas dos 5Ms, mas a estratégia é colocar as pessoas em contato com a Palavra de Deus.

O que mais você fez nessas reuniões iniciais do grupo principal?

Nós oramos, cantamos e fizemos evangelismo por meio de uma pesquisa. Nós fizemos evangelismo por duas razões. Eu realmente queria conhecer as pessoas que vivem aqui, o que elas pensam sobre Jesus, sua experiência de igreja, esse tipo de coisa. Além disso, eu sabia que no nosso grupo central algumas pessoas queriam vir à nossa igreja porque era uma novidade. Mas eu queria dizer, venha para a nossa igreja porque você quer ver uma inundação de discípulos para a vida toda. Fazer as abordagens envia a mensagem de que isso não é algo que simplesmente falamos, mas realmente fazemos; isso assustou as pessoas, mas eu acho que foi realmente um grande construtor de cultura.

Alguém desistiu da equipe por causa disso?

Não.

Qual foi a resposta das pessoas em sua cidade?

Foi surpreendente. Fiquei chocado que os jovens de vinte e poucos anos estavam interessados em falar sobre Jesus. Também descobrimos que eles não tinham ideia de outras igrejas ao redor da nossa cidade. Há boas igrejas na área e duas que estão mais próximas a nós são fantásticas, mas as pessoas não as conhecem, nem pessoas que foram nelas. Um homem estava na frente de uma igreja e ele não conseguia pensar em nenhuma igreja na área, talvez uma católica em algum lugar. As pessoas conhecem lugares através de relacionamentos. Não importa se eles passam por elas todos os dias.

O que você fez para entrar em contato e se envolver com as pessoas?

Para mim, tinha a ver com ser intencional nos relacionamentos. Se eu encontrasse alguém em um café, em uma conversa casual, eu faria de tudo para nos encontrarmos novamente outra hora. Foi difícil. Tentei entrar uma equipe esportiva, mas não deu certo. O sistema não era muito propício para uma pessoa aleatória chegar e fazer parte do time.

Você é bastante extrovertido?

Não, acho que não. Eu acho que costumava ser. Para relaxar, eu pesco ou nado sozinho. Minha esposa é muito boa em fazer muitos contatos rapidamente, então ela se juntou ao grupo de atividades das crianças e a um time local de basquete. Eles eram muito mais amigáveis com ela. Ela ia à biblioteca três vezes por semana e ac conhecer as mães. Quando minha filha entrou na escola no ano passado, senti que todo esse campo missionário se abriu para mim enquanto eu fazia amizade com os outros pais. E decidi fazer meus próprios amigos na cidade, como donos de pequenos negócios, e pedi que me apresentassem aos outros.

Como você envolveu toda a igreja na missão com você?

O Dia da Austrália é muito importante em nossa cidade, então em nossa primeira reunião como igreja anunciamos que iríamos fazer uma banca nos mercados e falar do evangelho às pessoas. Todos compareceram — foi ótimo para nossa nova igreja, e as pessoas ficaram sabendo quem somos.

Desde o início, realizamos um programa evangelístico chamado “Café e Jesus” durante cinco semanas, muitas vezes em um café local. Nós encorajamos os membros a irem com seus amigos. As pessoas ouvem o evangelho no “Café e Jesus”, mas a ação real não acontece no evento; acontece no carro a caminho de casa. Então eu (ou outra pessoa) dou uma palestra para gerar discussão, com uma mistura de apologética e explicação do evangelho, como Two ways to live, mas com palavras diferentes.

Então, nos dê um tópico típico de uma palestra.

A palestra 3 é sobre a cruz. Começamos com uma pergunta na mesa: “Por que é tão difícil perdoar e esquecer?” Daí discutimos amor e justiça, e como um Deus que ama também pode ser justo, e isso nos leva à cruz.

O grande detalhe é que os queremos em mesas — não em uma mesa grande, mas em muitas mesas pequenas — e queremos que essas mesas discutam. Isso faz duas coisas. Torna o ambiente realmente seguro para o não-cristão; eles não estão pensando que todos aqui são cristãos. E nossos membros têm prática real e ao vivo de evangelismo. Tem sido um ótimo lugar onde vemos pessoas se tornarem cristãs, mas também é onde conquistamos pessoas para o poder do evangelismo.

Conte-me sobre alguém que se tornou cristão.

Sandra veio com o namorado no domingo à noite. Ela era católica. O caminho usual é as pessoas virem primeiro no domingo à noite, a maior porta aberta, a maior entrada em nossa igreja. Ela ouviu falar de Café e Jesus; eles queriam conhecer mais algumas pessoas, então continuaram. Após as cinco semanas ela estava realmente intrigada; todos os seus pensamentos sobre por que ela não confiaria em Jesus tinham sido respondidos, mas ela não tinha certeza. Eu me torno uma cristã? Colocamos ela em um pequeno grupo que funcionava mais ou menos como um grupo de acompanhamento, e depois de cerca de seis semanas ela chegou a um ponto em um domingo à noite em que disse: sou cristã agora, eu confio em Jesus. O namorado dela também estava na mesma situação, e depois eles foram batizados.

E sobre alguém que foi ajudado a evangelizar através do Café e Jesus?

Uma menina cristã, Jana, veio ao Café e Jesus e sentou-se a uma mesa com duas outras pessoas que não eram cristãs; ao fim daquela primeira noite ela disse: isso é incrível, eu nunca tive conversas como esta antes. Ela continuou vindo, e quando fizemos a segunda rodada de Café e Jesus no ano, ela se inscreveu para fazer parte da equipe que o organizava. Ela nunca tinha sido uma evangelista antes.

O que mais acontece de evangelismo em sua igreja?

O “Café e Jesus” está sempre acontecendo. Então, em termos de dinâmica para o nosso ano, quero que tenhamos algo para definir o tom do resto do ano, algo que nos lembre do que estamos fazendo. Assim, apesar de algumas pessoas na igreja estarem longe no verão, é realmente importante que tenhamos evangelismo no começo do ano.

Começa realmente em outubro quando pedimos a todos em nossa igreja para fazer uma pergunta a amigos e familiares. Este ano foi: “Qual você acha que é o maior problema do mundo?” Então nossos membros estão crescendo em confiança para conversar, e nós (como pregadores) queremos as respostas! Nós recebemos as respostas, e isso se torna a base de nossa série evangelística de verão em janeiro. Nós pregamos sobre as quatro respostas mais populares que as pessoas dão a essa pergunta.

Na verdade, estamos no meio dessa série no momento. Então, duas semanas atrás falamos sobre “Medo”, e domingo passado foi sobre “mudanças climáticas”. Uma pessoa que conheci no domingo à noite, George, vinha de uma tradição ortodoxa sérvia. Ele foi abordado em casa por um casal da equipe da missão que lhe disse que estávamos fazendo essas grandes perguntas. Ele disse que a mudança climática era o maior problema do mundo, e eles disseram: “Bem, esse é um dos que vamos abordar!” Ele estava interessado em saber por que uma igreja falaria sobre mudança climática, então veio no domingo. Ele foi muito agressivo comigo antes do culto e estava esperando que eu tropeçasse em alguma coisa. Depois da igreja ele conversou com muitas pessoas, e então ele voltou a mim e disse: “Eu realmente gostei. Estou surpreso e gostaria de voltar para as próximas duas semanas. Tudo bem?”

Você estimulou uma dieta de pregação expositiva através de livros da Bíblia. Então, esse cara vai ficar para ouvir sobre Juízes em fevereiro?

Começamos em fevereiro todos os anos com um evangelho. Se George continuar indo, ele vai ouvir os primeiros oito capítulos do Evangelho de Marcos.

Como você evita uma quebra de ritmo passando de mudanças climáticas para Marcos?

É preciso estar ciente de que as pessoas que estiveram lá na semana anterior ainda estarão lá esta semana, por isso precisamos pegar leve com elas. Assim que a série de pregações em Marcos começa, também começamos nossa primeira série de “Café e Jesus”, e por isso estamos orando para que George volte nas próximas duas semanas, e que ele esteja interessado em descobrir mais. Toda semana temos apenas um anúncio, e é sobre “Café e Jesus”. Esse é, na verdade, o ponto de aplicação da maioria dos sermões: você precisa conhecer mais sobre Jesus, então você deveria ir ao “Café e Jesus”.

Alguns vão pensar que “Café e Jesus” está na Bíblia em algum lugar.

Depois de Café e Jesus, fazemos o acompanhamento, que chamamos de “Mais Café e Jesus”. É muito simples, mais seis semanas no livro de Marcos.

Há mais alguma coisa em janeiro para começar o ano no evangelismo?

Na primeira semana de janeiro, realizamos uma missão chamada “Noites de verão”. Nós não temos muitas crianças — nossa igreja tem 170 adultos e 30 crianças. Nós não somos uma grande igreja familiar ainda. Então, fazemos uma missão para adultos durante três noites. Este ano fizemos uma noite de arte, uma noite gastronômica com um grande piquenique comunitário onde as pessoas vinham e experimentavam comidas diferentes e uma noite de mercado, tudo em nosso prédio.

É um toque muito suave, pode haver uma conversa ou alguém dando um testemunho, mas nos conectamos com pessoas que não conhecem um cristão. Queremos que mais pessoas em nossa cidade conheçam um cristão. Então é isso que fazemos.

Ao mesmo tempo, durante toda a semana, temos uma equipe aqui, como uma equipe de missão de praia, uma equipe que enviamos de porta em porta, fazendo evangelismo ambulante. Nós treinamos com eles todos os dias, esperando que a equipe seja moldada para toda a vida. Metade da equipe é de membros da nossa igreja e metade é de outras igrejas.

E sobre fazer mais contatos ao longo do ano?

Nós participamos de eventos comunitários para fazer conexões. Por causa de onde é o edifício da igreja, o desfile do Dia dos veteranos para toda a região fica ao lado. Portanto, este ano abrimos todo o edifício e servimos café gratuitamente. Foi ótimo, nós distribuímos 100 cafés e rolinhos de ovos e bacon, pessoas entraram no prédio, com muitas conversas dizendo: “Eu não sabia que era uma igreja, eu não sabia o que era esse prédio, vocês não parecem pessoas que vão à igreja, quem sabe eu vou também”.

Qual é o prédio que está sendo usado?

É um armazém, pertencente ao conselho local.

Nos domingos em geral, que proporção ainda não é cristã?

Em nossa igreja, agora, um terço de nossos membros não eram cristãos antes de chegarem até nós.

Aos domingos, temos duas reuniões agora, às 16h e às 18h e estamos calculando a média de 12 visitantes pela primeira vez a cada semana, e provavelmente metade deles não são cristãos. Também temos não-cristãos que são frequentadores regulares. Eu diria que em um domingo normal com 170 adultos, cerca de 10% não são cristãos.

Quantos são formalmente comprometidos como membros neste estágio?

Eu diria 166 membros. Então, com 170 vindo aos domingos, significa que temos uma grande margem. O membro médio vem 56% do tempo, o que é muito triste e estamos trabalhando nisso. O processo formal de membresia é chamado de “Começando”, onde vemos os 5Ms.

56% é um número para o qual quero voltar. Por que você acha que isso ocorre?

Eu não entendo isso. Somos realmente fortes na teologia da igreja, com uma forte cultura de membros. Quando as pessoas entram, assinalam um quadro que diz que eles se esforçarão para estar na igreja toda semana. Nosso público mais jovem é melhor na frequência, e eles fizeram muito mais treinamento. Na nossa missão na semana passada eu apresentei o material do “Ministério do banco” e alguém disse: “Li isso dez vezes desde que cheguei nessa igreja”.

Os novos convertidos são mais propensos a serem regulares?

Sim. As famílias locais são mais propensas a tirar férias durante todo o ano ou faltar a igreja quando algo está acontecendo. Isso me mata. Eles são cristãos há mais tempo, deveriam ser maduros, mas são os novos convertidos que são regulares.

Como você lidera a igreja aos domingos para envolver os não-cristãos e ao mesmo tempo impulsionar os membros à maturidade?

Essas duas coisas não são assim tão distantes. Não é como se não-cristãos fossem bobos; eu não tenho que diminuir o nível de nada. Só preciso melhorar em explicar o que estamos fazendo ao longo do caminho. Toda semana nosso condutor se levanta e diz algo como:

“Bem-vindo à nossa igreja. Pode ser que coisas cristãs sejam novas para você, você foi trazido para cá e tem perguntas. Este é o lugar para se estar. Você não precisa acreditar nas coisas que acreditamos para estar aqui esta noite, mas cremos que a Bíblia tem as respostas para suas perguntas e, por isso, gostaríamos que você ficasse e continuasse fazendo perguntas conosco. Hoje à noite, vamos cantar, vamos orar, vamos ler a Bíblia e ouvir seu ensino.”

Dizemos isso toda semana para que nosso povo saiba que há não-cristãos aqui toda semana.

Ao longo do caminho, explicamos por que dizemos “Amém” no final de cada oração — “É como dizer ‘aham’ no final” — e as pessoas riem. Quando lemos a Bíblia, sempre dizemos: “O capítulo é o número grande e o versículo é o número pequeno”. Também dizemos: “É normal que as pessoas não possuam uma Bíblia, então temos algumas na parte de trás e você pode levá-la para casa”. Esse tipo de coisa.

Não estamos sendo bobos — espero que as mensagens sejam desafiadoras e instigantes. Estou mirando em uma audiência de nível superior, embora nem todos em nossa igreja tenham educação superior. Por causa da nossa localização e visão de longo prazo de ser uma base para a plantação de igrejas, em última análise eu quero cultivar plantadores de igrejas.

O que você faz com aqueles que são irregulares na frequência?

Nosso cara de “membresia”, João, marca a frequência para que ele tenha dados realmente claros sobre quem está vindo ou não. Se alguém não vem por três semanas, ele entra em contato com o líder de seu pequeno grupo e pergunta: tudo bem com o fulano? Nós não o vemos na igreja há três semanas. Esse é um processo que ele colocou em prática para fechar um pouco essa lacuna, e ele é um agitador regular para mim falando sobre a frequência à igreja como parte da aplicação.

A outra coisa que ele tenta fazer é desenvolver comunidade. Então ele convence os membros a realizar jantares informais em suas casas e ele sugere convidar dez pessoas específicas.

João é um cara legal, ama pessoas e tem uma cabeça para sistemas, o que é uma combinação rara. Um exemplo é que ele organizou que cada visitante receba um e-mail meu e uma nota escrita à mão. Ele quer que as pessoas se sintam amadas e não escapem pelas brechas, então ele tem esse sistema onde todos recebem uma nota e todos sentem que foram amados pessoalmente.

Como você escolhe e treina líderes de pequenos grupos?

Pequenos grupos têm tudo a ver com “maturidade” (e “membresia”, até certo ponto). Por isso, estamos realmente à procura de líderes de pequenos grupos que incentivem outras pessoas à maturidade.

Então, isso significa que, se estou liderando um grupo, vou notar alguém que se aproxima dos membros mais fracos do grupo e sugere coisas para ler ou algo assim. Eles são encorajadores para a maturidade, e nós os tornamos líderes em treinamento.

Temos oficinas para novos líderes e eles vêm para os dias de treinamento dos líderes a cada trimestre. Nilo, que estava no meu grupo, eu o faço liderar em diferentes momentos ao longo do ano e vou dou retorno, mas também o incentivo a conversar com os rapazes. Nós temos um cara no nosso grupo, Estêvão, então eu vou dizer: “Nilo, você deve se aproximar do Estêvão e ver como ele está indo”. E eu vou observar isso e treinar Nilo sobre como ele está discipulando Estêvão.

Então, quando precisarmos que o Nilo lidere, nós o tiraremos do meu grupo e o colocaremos com um grupo que esteja no Começando. Ele fará as primeiras cinco semanas com os novatos e isso se tornará um novo grupo pequeno. Isso é o que temos feito nos últimos tempos.

Você mencionou “Começando”. Explique como o percurso funciona.

A igreja aos domingos tende a ser a primeira coisa estrutural para alguém de fora, praticamente para todos. Essa parece ser para onde a maioria das pessoas vai primeiro. Uma vez por mês, temos algo chamado “Novidades”. Dizemos: “venha à minha casa, queremos ouvir sua história e contar a história de nossa igreja”. Temos cristãos e não-cristãos vindo para as Novidades porque todos gostam de falar sobre si mesmos. Encorajamos todos a olhar mais para Jesus.

Depois de Novidades, você tem dois fluxos: alguns vão para “Café e Jesus” e outros vão para “Começando”. “Começando” evolui para um novo grupo pequeno e “Café e Jesus” se torna “Mais café e Jesus”. Depois do “Começando”, as pessoas se juntam à igreja formalmente.

Você estabelece objetivos e ora para que Deus faça essas coisas?

Temos um plano de 10 anos como equipe. Estamos planejando várias igrejas na região, porque nossa grande oração é ver discípulos feitos e vemos isso acontecer na igreja local. Quando olhamos para as várias cidades ao nosso redor, há uma grande necessidade de plantação de igrejas.

Então, como seria plantar em um desses locais a partir de onde você está na cidade?

Eu estou sempre pensando (parece ruim, mas não é) que dou preferência aos jovens que vêm para a universidade vindos desses lugares.

Então nós temos um rapaz atualmente no seminário, indo para o segundo ano. Eu adoraria que ele fosse plantar uma igreja na área em que ele cresceu. Ele foi nosso aprendiz. Eu estou apenas sussurrando em seu ouvido. Estou tentando pensar em como mandar jovens de volta para casa com o evangelho. Existem 450.000 pessoas nesta região que queremos alcançar. Estou falando muito com outros pastores e igrejas para fazer parceria com eles.

Quais são algumas das coisas que o preocupam ou podem atrapalhar seu trabalho?

Porque nós somos uma plantação de igreja, eu acho que (eu quero ser modesto) nós temos sido muito efetivos em nos conectar com nossa cultura. Acho que os cristãos vêm até nós pensando: “ah, finalmente, esta é uma igreja em que me sinto em casa”. Isso é uma ameaça enorme. Nós não queremos que as pessoas amem a nossa igreja porque é legal, porque está crescendo. Esse tipo de atitude leva a um cristianismo confortável, que seria a nossa morte.

Queremos que as pessoas amem a igreja porque amam a Jesus. As pessoas vêm à nossa igreja porque ela está “em missão”. Mas isso nos matará se as pessoas pensarem que a igreja fará a missão por elas. Queremos desenvolver a cultura onde as pessoas estão evangelizando. Então, isso é sempre uma ameaça e algo com que eu tento falar com frequência do púlpito.

A história de Barnabé

Usando os 4Es para reviver uma igreja denominacional em declínio no subúrbio.

Barnabé se tornou o ministro de uma igreja evangélica em uma denominação tradicional há cerca de sete anos. A igreja está localizada no subúrbio com uma mistura de professores, gerentes, enfermeiros, comerciantes e assim por diante.

Qual era a cultura evangelística da igreja quando você chegou?

Bem antigamente, o ministro anterior fazia um culto familiar trimestral e os membros deveriam convidar seus vizinhos e era como se fosse um culto especial de crianças. Isso aconteceu por 15 anos e ninguém jamais convidou ninguém. Eventualmente ele simplesmente desistiu, muito desanimado.

Eles empregaram um obreiro de jovens que trabalhava metade do tempo na igreja e metade do tempo em uma escola da Igreja Anglicana.

No culto da noite, particularmente, todos os tipos de adolescentes se tornaram cristãos através de seu ministério pessoal. Esse cara era brilhante em fazer evangelismo, mas tudo girava em torno do relacionamento pessoal com ele. Havia uma espécie de cultura familiar entre os jovens de 18 a 22 anos. Eles o amavam e amavam uns aos outros, e a frequência à noite cresceu para 70 pessoas. Quando ele saiu para ir para o seminário, deixou um vazio real nos relacionamentos.

Não era um plano estratégico pensado, era apenas o povo de Deus sendo o povo de Deus.

Eles estavam em um estágio em que podiam empregar alguém em tempo integral, de modo que trouxeram um ministro assistente que não tinha contato com a escola, então poucas coisas aconteceram, as linhas de alimentação foram cortadas.

As únicas coisas que restaram foram as aulas sobre a Escritura nas escolas primárias e eventos para as crianças nas tardes de sexta-feira encolhendo para apenas quatro crianças. e eles foram completamente desencorajados. Eu disse: “vamos apenas encerrar o evento das crianças”, e eles disseram: “bem, então é o fim da igreja”.

Quando você chegou há sete anos, o que estava no seu coração para esta igreja?

Eu queria fazer dela uma igreja voltada para fora. Esse foi o meu encargo quando os nomeadores estavam conversando comigo e fiquei muito feliz em aceitar isso. Para minha alegria, eles levaram isso a sério. Não estavam apenas dizendo; estavam falando sério sobre mudança. Quando eu cheguei, eles não faziam nenhum tipo de evento evangelístico há dez anos.

Eu queria que eles olhassem para fora em termos de conhecer pessoas, convidá-los para coisas, criar ideias, lugares, locais, coisas em sua casa onde eles inicialmente conhecessem pessoas e onde poderiam compartilhar o evangelho com elas.

Queria que eles se vissem como uma equipe e trabalhassem juntos e entendessem que nem todo mundo é um bom explicador; alguns são bons em convidar e alguns são realmente bons nos bastidores. Então, valorizar os outros membros e seus dons, especialmente como parte do empreendimento da igreja e da evangelização.

Eu estava tentando mudar o cuidado pastoral do pastor para os pequenos grupos e outros que são bons em visitar uns aos outros. Para ajudá-los a entender que quando alguém da igreja visita, é a igreja que visita, e isso não requer somente o pastor. Ironicamente eu encerrei todos os programas que o ministro anterior estava executando, então eu poderia fazer um pouco das coisas pessoais, e também influenciar coisas novas. As pessoas viram mais de mim do que do cara anterior, embora eu esteja tentando ensiná-las a não esperar me verem.

Quantos cultos vocês tinham no início?

Três cultos muito tradicionais de oração às 8h, 9h30 e 19h. O serviço de 9h30 tentava ser um híbrido que não funcionava muito bem para ninguém. Eles chegaram a um acordo em que eles tinham dois hinos no órgão e duas canções contemporâneas, ou seja, clássicos dos anos 80 ou 90.

Onde você começou a definir a visão e a cultura?

O primeiro lugar para começar foi com o Conselho Paroquial. Eles eram o grupo óbvio com quem conversar porque se encontravam regularmente, e as pessoas que estavam nele estavam em grupos de estudos bíblicos; alguns eram líderes. Havia apenas quatro grupos de estudos bíblicos.

O que você fez com o Conselho Paroquial para levá-los a pensar sobre visão e cultura?

No primeiro encontro, mostrei-lhes o programa de discipulado ainda não publicado de David Mansfield — bem, pelo menos minha versão empobrecida dele. Ele dizia que as pessoas passam por diferentes estágios em sua jornada para se tornarem cristãos maduros. Eles começam como estranhos completos com quem precisamos nos envolver. Há muitas pessoas que não conhecem nenhum cristão e nunca foram à igreja, por isso queremos nos envolver com essas pessoas. Queremos evangelizar aqueles que conhecemos e depois estabelecê-los na fé e equipá-los para ministrar.

{Colossenses 1.28

"O qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo homem perfeito em Cristo".

Crescer em Cristo   Chegar a Cristo

Equipar                      Envolver

Estabelecer              Evangelizar

Colossenses 1.13-14

“Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados.”}

Mostrei-lhes este diagrama e falei sobre isso no primeiro encontro. E eu perguntei se eles achavam que nossa igreja era boa em todos esses quatro estágios. eles apenas balançaram a cabeça.

Eu disse: “Ok, pense em igrejas que vocês conhecem. Esqueçam a teologia por um minuto. Vamos apenas debater: onde vocês encaixariam aquela grande igreja carismática na nossa rua? Em que eles são bons?”

Eles disseram: “Eles são muito bons em divulgação, eles têm uma grande porta da frente, muitas pessoas os conhecem — então eu acho que eles são bons no primeiro E (envolver).”

“Então, e a igreja onde eles ouvem um sermão de duas horas sobre alguma doutrina como a trindade? Onde vocês os colocariam?”

“Bem, eles são todos cristãos, têm um entendimento sólido, mas eles não entenderam que deveriam estar equipados para o ministério de servir a outras pessoas, então é meio que categoria quatro (‘equipar’), mas com falhas.”

Eu disse: “Onde você acha que nossa igreja e a igreja suburbana normal se encaixam?”

Eles disseram: “Não sabemos. O que você acha?”

Eu disse: “Estou convencido de que todos estão presos na zona três (‘estabelecer’); eles se tornaram cristãos anos atrás, talvez quando jovens adultos, e estão passando o tempo desde então. Nunca entenderam que a vida cristã é sobre glorificar a Deus, servi-lo como puder, alcançar os perdidos e continuar com o trabalho.”

Então, depois de uma reunião, todos foram totalmente persuadidos e tudo mudou?

Eles estavam totalmente persuadidos do problema que eu estava identificando. Concordaram que a grande maioria das pessoas na igreja estava presa no estágio três — que a maioria das pessoas não servia em nenhuma dimensão. As pessoas na igreja provavelmente eram cristãs, mas com um entendimento fraco.

Então, essa foi a nossa primeira reunião do Conselho Paroquial. Eu disse: “O que quer que façamos, temos que tentar ser a igreja que é boa em fazer todos os quatro! Nenhuma igreja jamais conseguiu, mas eu quero que nós sejamos a igreja que chega perto disso.” Todos eles riram e disseram: “Bem, isso parece certo”.

E assim, na próxima reunião do conselho paroquial, voltei e disse: “Aqui está o meu plano. Existem quatro períodos no ano; então vamos dedicar cada período a um desses quatro estágios de evangelismo e crescimento.”

Então você trabalhou Envolver no primeiro período, Evangelizar no segundo período, Estabelecer no terceiro período e Equipar no quarto período. Você ainda está fazendo isso agora, sete anos depois?

Sim. Eu acho que no primeiro ano eles estavam hesitantes — eles pensaram: “Sim, é um plano, mas vamos ver se funciona”.

Foi um choque ter uma missão de três meses no segundo período. Isso causou uma grande agitação entre os ministros locais. Quando eu lhes mostrei o plano, eles disseram: “Isso é ridículo — você deveria estar evangelizando o ano todo. Mas você está fazendo mais evangelismo do que nós estamos fazendo!”

 

Houve algumas coisas que precisamos fazer para nos preparar para o Evangelismo no segundo período. Eu disse: 'se você olhasse em volta e pensasse sobre a igreja do ponto de vista de alguém de fora, o que você notaria'? Então todos nós descemos a rua, demos uma olhada e eles nunca perceberam que havia plantas crescendo na frente da placa da igreja, de modo que não dava pra lê-la e nem ver o prédio da igreja da rua, apenas parecia uma velha casa sombria.

Havia trepadeiras crescendo por todo o jardim da frente, porque as pessoas estacionam na parte de trás, como já são da igreja, sabem que podem entrar por ali. Vinte anos atrás, eles plantaram um jardim na frente em torno de dois enormes troncos de árvores para disfarçá-los, mas ervas daninhas e trepadeiras haviam crescido sobre os troncos, de modo que estava uma coisa horrível.

Então você teve que tornar a coisa toda mais atraente, mais acolhedora para as pessoas?

Não havia cercas para as crianças na frente. Eu disse: “Eu sei que não temos dinheiro, mas posso tentar me livrar dos troncos”? Eles disseram que não dava para tirar. Eu disse: “vocês se importam se eu tentar”? Então eu convenci um rapaz do culto da noite a vir e tentar. Passamos dois dias para tirar um deles e tivemos cinco pessoas para tirar o segundo. Nós gastamos um total de 330 dólares em manutenção e pintamos o corredor da igreja dentro até mais ou menos a altura das cabeças, até acabar a tinta.

Então, era tudo questão de comunicar de que a mudança era necessária, começando com algo pequeno. Isso gera expectativas de que você realmente espera que os visitantes venham, sejam bem-vindos e sintam que o lugar está em bom estado.

Sim, não é um bairro nobre, então as pessoas têm expectativas mais baixas. Cortar a árvore na frente da placa mostrou à comunidade que há realmente cultos aqui. Eu conheci pessoas no começo que nem sabiam que havia uma placa e pessoas na comunidade que não sabiam que alguém realmente usava a igreja. Quando pintamos o salão, ficou mais bonito e eu disse que precisávamos comemorar. Por que não fazer alguns jantares evangelísticos no segundo período? Então, tivemos sete jantares e assistimos o curso "a vida de Jesus" de John Dickson e tivemos algumas discussões depois. As pessoas realmente gostaram. Todos da igreja foram. Eu falei para todos convidarem pessoas e disse por quem eu estava orando, mas a pessoa não veio.

Na terceira ou quarta semana, um jovem casal testemunhou um acidente de carro no estacionamento de uma loja próxima. Um jovem casal muçulmano tinha sido atingido por esse cara grosseiro e barulhento, que abusou deles por estacionarem ali. Os cristãos, que testemunharam isso, foram até o casal muçulmano e disseram: “é culpa daquele sujeito, podemos ajudá-lo, sendo suas testemunhas”? Eles responderam: “isso é adorável, nunca conhecemos um australiano antes”. O casal cristão então lhes perguntou: “Vocês querem vir para o jantar hoje à noite? É no salão da igreja, é uma coisa cristã e você vai conhecer alguns dos nossos amigos”. O casal muçulmano apareceu, animado. Isso chocou a todos, trazer um muçulmano à igreja.

Então, isso foi no primeiro ano, em seu primeiro período evangelístico? Isso é uma bênção de Deus.

Isso foi um bônus real e isso ajudou as pessoas a terem a ideia de que você poderia trazer alguém que antes você achava que seria um inimigo e iria odiá-lo. Assim, você pode convidar seus amigos. Então, tivemos alguns amigos convidados para os últimos dois jantares.

Quando você mostrou a igreja inteira o diagrama dos quatro Es?

Eu o apresentei depois que o Conselho Paroquial concordou. Eu chamei todos os líderes do Estudo Bíblico, do Grupo de Jovens e da Escola Dominical e disse: "É isso que estamos fazendo, com o que concordamos". Metade deles eram as mesmas pessoas. Eu disse: "seria ótimo — eu não vou obrigar você a fazer isso, mas seria realmente excelente — se o seu grupo pudesse tentar algum tipo de engajamento ou evangelismo nos dois primeiros períodos. Experimente fazer um evento evangelístico, faça um jantar ou podemos ajudá-lo a pensar em ideias. Vá e saia com os amigos com a intenção de conversar com eles sobre Jesus." Dois dos quatro grupos de estudo bíblico concordaram, assim como o Grupo de Jovens.

Também pedi que usassem material de estudo bíblico no terceiro período sobre a vida cristã básica (estabelecer). E no quarto período, para fazer algo mais difícil, como estudar um livro do Antigo Testamento, para expandi-los no entendimento da Bíblia (Equipar).

Mas eu ainda queria que eles convidassem incrédulos para todos os três períodos, que seriam mais acolhedores e acessíveis. Ninguém deveria ser convidado no primeiro período. Isso incentiva os períodos 2 a 4. As pessoas começaram a perguntar quando convidar alguém: "a qualquer momento nos períodos 2-4" (não apenas no segundo período). Está em suas mentes agora a ideia de convidar.

Foi um desafio fazer os 4Es moldarem o programa semanal de pregações e torná-lo evangelístico a cada semana. Concentra a pregação em mais do que apenas a exegese da próxima passagem. No quarto período eu tive que aprender a ensinar doutrina como evangelismo, como em João 3.16, ou em Eclesiastes.

Por que eles eram tão complacentes?

Eles estavam frustrados que pouco havia acontecido e a igreja estava em declínio. Quando eu comecei, a igreja ficaria sem dinheiro em 6 meses. Eu tive que demitir o ministro assistente. Havia um senso de urgência. Muitos jovens de 25 anos se mudaram, assim como outras cinco famílias. Então, houve um verdadeiro vácuo de poder. A igreja estava cheia de seguidores e não de líderes, embora houvesse um grande número de pessoas treinadas em uma área de classe trabalhadora. Eles são pessoas gentis, simpáticas. Alguns precisavam de permissão para tentar coisas novas.

Quantos estão participando agora?

Quando chegamos, havia 84 adultos e 10 crianças. Agora existem 150 adultos e 20 crianças. Cerca de 190 se dizem regulares, mas alguns vêm apenas um em cada três domingos.

Quais resistências ou obstáculos você enfrentou?

Alguns ficaram apenas assistindo, para ver se tudo iria desmoronar. A chave era dividir tudo em passos simples. E se uma pessoa leva uma outra a Cristo em dois anos? Então inventamos o plano 1-1-2. Tivemos que entrar e provar que as coisas poderiam acontecer com passos simples, como arrancar os troncos das árvores.

Ultimamente, a resistência vem das pessoas que pensam que estamos nos movendo rápido demais. Eu tive que convencê-los a me deixar fazer uma tentativa e assistir.

Tivemos que recrutar novas pessoas para a liderança, de modo a não sobrecarregar o grupo atual. Nós esvaziamos de poder pessoas que influenciavam demais, criando novos ministérios e colocando o foco lá, em vez de ficar no modo de manutenção.

Em 2010, estabelecemos a meta de ter 1.500 membros regulares até 2020. Isso exigiria cinco cultos semanais, duas novas instalações para a igreja, 50 grupos de crescimento,[1] uma equipe de dez pastores, mais funcionários administrativos e aprendizes, e um orçamento de US$ 1,5 milhão. Lançamos a visão em um grande café da manhã de oração com um livreto “visão 2020”.

Como você trabalhou nessa visão?

Convidamos os membros mais antigos para almoçar. Criamos uma cultura de relacionamentos depois da igreja à noite com McDonald's e jogos de tabuleiro após o culto.

Nós empregamos um evangelista e realizamos uma grande missão onde 22 foram convertidos. Foi a melhor missão de todas. Nossos membros tiveram que aprender o acompanhamento.

As pessoas estavam entusiasmadas, as doações subiram e mais pessoas vinham regularmente.

Eles acreditam que você realmente leva a sério a visão 2020?

A partir de 2010, vimos um crescimento de 10 a 20% durante 3 anos e muito disso foi através do evangelista em nossa equipe e do efeito que ele teve em pessoas entusiasmadas. Ele era um ganhador de almas. Foi desanimador perdê-lo.

O período de evangelismo em 2013 foi um fracasso com várias crises pelas quais tivemos que passar.

O novo cara que temos no papel de evangelista é mais um organizador de outros no evangelismo, enquanto o cara anterior era um evangelista e vimos mais convertidos através dele. Agora vemos mais gente treinada, mas menos convertidos!

Como você trabalhou com Equipar?

Em 2010, eu comecei algo chamado “Preparado para servir”. É “um ano com Barnabé”. Eu peguei a ideia de Richard Coekin no Reino Unido; cada líder teve que passar dois anos com ele em sua cozinha.

Então eu tirei pessoas, homens e mulheres, de seus grupos de estudo bíblico para um ano de treinamento comigo.

Nós gastamos um período com doutrina (Deus, trindade, escritura, humanidade, expiação, escatologia); um com serviço (usar nossos dons, o ministério do banco, homens e mulheres na igreja, dinheiro, oração, leitura bíblica); um com evangelismo (Two ways to live com anabolizantes); e um sobre cristãos em crescimento (entender os 4Es, como ensinar a Bíblia, visita domiciliar, ministério individual, e assim por diante).

É como um ano de estudo bíblico aprimorado comigo. O primeiro ano foi com jovens adultos. Nos cinco anos desde que comecei, cerca de 56 pessoas de todas as idades já fizeram isso.

Muitos de nosso pessoal acham o Two ways to live muito difícil, então usamos 3Cs: Confessar, Crer, Comprometer. Eles acharam revigorante ser capaz de explicar o evangelho em termos simples e lembrá-lo — até mesmo os idosos conseguem fazê-lo.

Explicar o Es (eu chamo de “a roda”) no quarto período é o cerne de tudo. A vida cristã é uma jornada e você nunca chega ao fim. Torne uma prioridade continuar crescendo, continuar aprendendo, desafiando a si mesmo, tentando coisas. Mas também entenda que pessoas diferentes que você encontra estarão em diferentes estágios da roda, e que você pode ser útil em suas vidas ajudando-as a dar o próximo passo de onde elas estão. Se você encontrar alguém, conheça-o, envolva-se, convide-o para sua casa. Comece a colocar Jesus na conversa com amigos que você já conhece.

Os outros grupos do Estudo Bíblico continuaram quando você tirou as pessoas?

Sim. Agora temos doze grupos depois de sete anos; começamos com quatro. Temos uma estratégia de iniciar novos grupos todos os anos. Cerca de 50% dos nossos membros estão em grupos — eram 25%.

Os novos líderes do Estudo bíblico já fizeram o Preparado para Servir (PPS)?

Sim, mas nem todos os que fazem o PPS devem liderar grupos.

Como você encaixa o PPS com todo o resto?

Eu trabalho em três prioridades: pregação, proatividade em visitas pessoais para ter conversas sobre a vida cristã e PPS.

Que outras coisas você fez para definir e comunicar a visão?

Nós testamos a igreja à noite na semana passada nos 4Es. "Em que E estamos hoje à noite?" “Estabelecer”. Aqueles que fazem PPS sabiam.

Eles estão agora desenvolvendo formas de envolver novas pessoas. Eu perguntei o que poderíamos fazer para evangelizar as crianças. Eles vieram com o futebol e um pensamento do treinador Barnabé no intervalo. Então, trinta crianças jogaram futebol com quinze pais assistindo. Foi fácil convidar os pais para nossas casas ou coisas da igreja.

Eu não tenho que dirigir essas coisas, mas semear ideias e dar muito incentivo.

Estamos comprometidos com a criação de novos ministérios a cada ano. Em 2009, iniciamos um ministério de mulheres durante o dia e uma convenção regional de Páscoa com as igrejas locais. Em 2010, foi PPS e um grupo de homens mais velhos. Em 2012, uma convenção masculina com igrejas locais. Em 2014, começamos um grupo de meninos. Nós havíamos encerrado o ministério de crianças durante a semana por 3 anos devido à falta de recursos, mas deixamos a Escola Dominical funcionando. Em 2015, iniciamos um grupo de inglês para estrangeiros (8 pessoas frequentam agora), e uma equipe de ministérios para homens e um novo curso evangelístico foram lançados.

Nós desenvolvemos uma semana de oração pré-Páscoa onde todos os grupos se juntam na noite em que normalmente se reúnem — para orar pelo Evangelho do segundo período, pela Visão 2020, pelos diferentes ministérios da igreja, pelas outras igrejas na área local, e por nossos missionários.

Como são os pequenos grupos? Há alguns voltados para fora?

Sim, mais com a igreja à noite e os jovens adultos. Três dos outros grupos funcionam há 15 anos, mas mesmo com eles estamos vendo algumas mudanças. Um faz um jantar evangelístico a cada ano. Eu coloquei não-cristãos em alguns grupos (uma viúva anglo-católica, um budista), o que revolucionou os grupos porque eles têm que responder a questões sérias sobre as razões da crença cristã.

Que tal a leitura da Bíblia em duplas?

É para casos específicos. Eu não preparo as pessoas nisso de forma consistente. Eu me cobro por isso. Alguns tentaram, mas falharam. Eu leio a Bíblia com todos que visito, mas não é tipicamente "eu" ser organizado o suficiente para treinar outros. Eu tenho ideias criativas, mas não sou organizador.

E quanto a discipular líderes?

Nós fazemos um exame de saúde espiritual com cada líder duas vezes por ano. Perto da Páscoa, perguntamos coisas como: Como você acha que está indo como líder? Quais são os seus pontos fortes? Pontos fracos? Como você se sai preparando estudos bíblicos? Como você faz isso? As pessoas respondem a você? O que você pensa serem as funções mais importantes de um líder de um grupo como o seu (cuidador, professor, facilitador, organizador, etc.)?

Por volta de setembro, damos sequência à conversa da Páscoa e perguntamos coisas como: Como você está se sentindo sobre a vida? Sobre o ministério? Como vai o grupo? Eles se importam uns com os outros? Eles participam das discussões? De quem você está particularmente orgulhoso? Com quem você está particularmente preocupado? Você pretende liderar no próximo ano? Com o que você acha que mais precisa de ajuda ou treinamento?

É impressionante quantos estão lutando com pornografia, incluindo pessoas de 60 anos. Estamos começando um grupo de apoio. Pelo menos eles estão nos contando. Uma senhora confessou um caso extraconjugal há alguns anos. Ela rejeitou o Preparando para servir seis anos seguidos, apesar de seu marido ter feito. Ninguém recusou o exame de saúde espiritual, mas um cara está sempre resistindo e lendo coisas liberais, para agitar a situação, eu acho.

Como você vai fazer o ímpeto continuar até 2020?

Em uma das igrejas em nossa cidade, há um mapa de cem igrejas que cresceram a partir do ministério dessa igreja por mais de cem anos, enquanto os subúrbios cresciam.

Mostrei aos nossos líderes esse mapa, e falamos sobre a nossa igreja estar às margens de uma expansão populacional maciça. Em breve, haverá 300.000 novas pessoas a cinco minutos de nós. Temos que assumir a responsabilidade de cristianizar esses subúrbios.

Eu não tenho experiência em plantar igrejas. Não tenho certeza se posso manter uma rede de igrejas unidas. Eu sou uma limitação importante para a visão. Estamos agora em um tamanho onde as pessoas já não me conhecem muito bem. Eu terei que mudar tanto quanto qualquer outra coisa. Eu realmente só sei como crescer de uma base pequena para o que somos agora.

Temos escolhas a fazer. Para chegar a 1500, iremos para três grandes congregações de 500 cada ou 30 congregações de 50 cada? Ambos são caros e difíceis em termos de propriedade. Qualquer um pode administrar uma igreja de 50 pessoas, mas os locais de igreja e moradia serão difíceis. Mas, também, quantos pregadores conseguem falar efetivamente para 500 pessoas? Em uma igreja pequena, as pessoas tendem a dizer que você é um bom pregador, seja você ou não, baseado no quanto elas têm um relacionamento pessoal com você. Eu ouço “Você é um bom pregador” o tempo todo, mas eu não sei se é verdade a menos que eu pregue para um grupo maior.

Nós concordamos que deveríamos ser um híbrido e assim construir um edifício e um salão maiores — e plantar igrejas. Mais pessoas estão vindo aqui do que nunca, então precisamos de uma instalação maior.

Sendo um gerente de projeto, tenho um problema de habilidade com planejar a partir uma meta. Todas as minhas ideias são pequenas ideias. E o nosso Conselho Paroquial é financeiramente conservador. Então nós temos alguns desafios!

Eu aprendi algumas coisas ao longo do caminho.

Cada passo é difícil, até mesmo começar um novo grupo de estudo bíblico é um desafio. Eu preciso estar envolvido na vida da liderança mais e mais e menos envolvido nas questões pastorais do dia-a-dia. Eu preciso empregar ministros assistentes que são responsáveis por áreas específicas e que são diferentes de mim.

Eu também aprendi o poder de ter alguns objetivos claros. Mas eu preciso estar envolvido e convencer as pessoas de coisas como a Visão 2020.

Aprendi a dividir as coisas em etapas que parecem viáveis; por exemplo, o plano 1-1-2 leva a uma igreja de 1500; remover o toco de árvore no jardim da frente da igreja.

Eu gosto da oração da sua igreja.

Deus Todo Poderoso, pedimos que tu sejas glorificado em nós. Por favor, use-nos para levar as pessoas a conhecer Jesus como seu Senhor e Salvador, estabelecer as bases de viver para ti e ajudá-las a crescer até a maturidade em Cristo. Dê-nos graça, paciência, amor e confiança enquanto procurarmos nos conectar com a nossa comunidade e fazer crescer o seu reino na nossa região, proclamando Jesus. Torna-nos em embaixadores de Cristo dependentes de ti em oração, biblicamente maduros, totalmente preparados e prontos a amar sacrificialmente. Amém.



[1] O termo “grupo de crescimento” é simplesmente outra maneira de falar sobre um pequeno grupo de estudo bíblico — um grupo distintamente cristão onde os cristãos podem crescer, e que também é um catalisador para o crescimento do evangelho. Ver Marshall, Growth Groups, p. 5–6.

A história de Gabriel

O crescimento do ministério dos 4Es em uma área culturalmente diversa com uma população em expansão.

Gary lidera uma igreja evangélica anglicana em uma comunidade multicultural com uma população que cresce rapidamente.

Quem vai à sua igreja?

Temos 70 culturas diferentes em uma comunidade multicultural e multi-religiosa, então, por exemplo, nosso “Ministério de música e movimento” teve um budista, um muçulmano e um hindu aparecendo na semana passada. É muito interessante.

Quantos cultos vocês fazem?

Nós temos cinco cultos aos domingos. Um pequeno tradicional às 8h, em que eles estão felizes de serem cobaias para os novos pregadores. E então temos 9h e 10h30 com cultos familiares, às 18h, jovens adultos e também há um culto em árabe ao mesmo tempo em um local diferente.

Você tem caminhos de ministério que ajudam a levar as pessoas a Cristo e à maturidade?

Em um nível estrutural, há um caminho pelo qual a congregação sabe como conduzir uma pessoa. Há uma sensação de que estamos ajudando as pessoas a pensar: "esta é a trajetória".

O ponto de entrada são as nossas refeições de boas-vindas Novidades. Elas são seguidas por um curso de quatro semanas Explicando o Cristianismo (EC) para não-cristãos ou outros recém-chegados a nossa igreja, ou algumas pessoas vão direto para um Grupo de Crescimento.

Você não pode servir na maioria dos ministérios a menos que participe de um curso de três semanas chamado "A bordo", onde eles conhecem outras pessoas semelhantes. Há ensinamentos bíblicos sobre a glória de Deus e nosso lugar em sua missão.

Temos um curso de discipulado de um ano que chamamos de Firmes Fundamentos.

Todos são incentivados a participar de Grupos de Crescimento e os novos líderes passam pelo nosso Módulo de Treinamento de Liderança, que dura um ano, em um grupo dirigido por um pastor (todo pastor em tempo integral tem um curso de liderança). Então oferecemos mentoria aos homens da congregação. Esperamos que as mulheres sigam o exemplo em breve.

Explicando o Cristianismo >> A Bordo >> Firmes Fundamentos>> Grupos de Crescimento >> Treinamento de Liderança

<< Mentoria >>

Como funciona o “Firmes Fundamentos”?

Depois de quatro semanas de EC, nós lentamente cobrimos os conceitos básicos da vida cristã nos períodos 1 e 2, seguidos por uma visão geral da Bíblia no período 3 e do livro de Filipenses no período 4.

Estamos revisitando a graça o tempo todo porque nossos corações religiosos querem voltar a uma motivação de justificação pelas obras. Você acha que eles já aprenderam, e de fato aprenderam intelectualmente, mas então basta o último pecado para derrubá-los novamente. Então decidimos que a jornada leva pelo menos 12 meses (e o resto da vida).

Para ser honesto, no primeiro ano às vezes você realmente quer manter os novatos longe de outros cristãos que irão diminuir o entusiasmo deles; além disso, eles são novos para a igreja e são mais capazes de forjar relacionamentos entre si.

No momento, este é o esboço do conteúdo.

“Começando” examina alguns dos princípios da vida cristã:

·      Salvo por Deus

·      Confiar em Deus

·      Viver da maneira de Deus

·      Ler a Bíblia

·      Orar

·      Ir à igreja

·      Contar aos outros sobre Jesus

·      Viver pelo Espírito Santo

·      Santidade

·      Doar

“Toda a história de Deus” explica a história de toda a Bíblia de Gênesis a Apocalipse e como ela se encaixa.

·      Criação

·      A queda

·      A promessa

·      O Êxodo e a lei

·      A terra e os reis

·      Exílio e esperança profética

·      A vida e a morte de Jesus

·      O evangelho proclamado

·      O retorno de Jesus e a nova criação

“Parceiros pela vida” funciona ao longo do livro de Filipenses examinando o que significa ser um parceiro no evangelho:

·      Filipenses 1.1-8 - Parceiros no Evangelho

·      Filipenses 1.9-11 - Orando por parceiros

·      Filipenses 1.12-30 - Encontrando liberdade

·      Filipenses 1.27 - 2.11 - Orando por parceiros

·      Filipenses 2.12-30 - Jesus em unidade

·      Filipenses 3.1-11 - Verdadeira confiança

·      Filipenses 3.10 - 4.1 - Buscando a glória

·      Filipenses 4.1-23 - Permanecendo Firme

Como a mentoria funciona para os líderes?

A mentoria não é apenas para os líderes, mas para qualquer um dos homens que queira crescer. Eu percebo que o acompanhamento individual precisa continuar acontecendo na vida das pessoas. Mas não tanto o tipo de discipulado semanal que poderia ter acontecido anteriormente - mais trabalho em duas ou três questões sobre as quais eles querem ser proativos, seja uma questão relacionada a algum pecado recorrente em sua vida ou alguma área que eles querem avançar. Então, é leve, no sentido de serem corações abertos e Bíblias abertas, uma hora e meia por mês. Nós temos cerca de 50 ou 60 homens envolvidos nisso.

Você faz Explicando o Cristianismo (EC) com aqueles que se transferem de outras igrejas?

Sim, porque queremos que eles saibam como nós evangelizamos para que eles convidem os outros. E o erro clássico é erroneamente presumir onde as pessoas estão. Exatamente quando você pensa que eles já entendem o evangelho, você percebe que eles não conseguem articulá-lo.

Então, recentemente, uma senhora das Ilhas Cook, filha de um pastor, se disponibilizou para o ministério infantil e um de nossos funcionários fez a ela a pergunta diagnóstica: “Se você morresse esta noite e Jesus perguntasse 'por que eu deveria deixar você entrar no meu céu', o que você diria?" E ela disse: "Não tenho certeza se sei responder a isso". Então ela veio para o EC e atualmente vê esse como o ponto em que ela se converteu.

Essa pergunta foi o começo da jornada para ela, e agora o marido dela fez o curso e foi salvo. Às vezes é uma questão de garantia, às vezes é porque eles não entenderam a substituição penal ou a justificação somente pela fé.

Quais são alguns dos outros ministérios de envolvimento ou de captação? Você mencionou um “Ministério de música e movimento”.

Temos aulas de inglês como segunda língua e Hora dos jogos, que são basicamente para mães com crianças antes de irem para a escola. Elas estão prestes a fazer um curso de EC às 8h30 antes do início da Hora dos jogos. Eu pensei: "Puxa, isso é um ótimo sinal", simplesmente veio deles e eles mesmos estão iniciando.

Ok, então você tem esses ministérios de captação, como você entra no evangelho com as pessoas?

Obviamente, o EC é um grande portal para muitos. Às vezes, a igreja é sua primeira porta de entrada mas às vezes, se, por exemplo, conhecemos uma mulher muçulmana, talvez precisemos nos encontrar individualmente.

Conexão é uma coleção de grupos de crescimento para mulheres que atraem algumas com o inglês como segunda língua. Então, nós fazemos um curso de EC em paralelo com o resto dos grupos de estudo bíblico.

No curso de inglês, é fácil porque eles usam a Bíblia como o livro didático e trabalham com a história de Jesus. Com a Hora dos jogos, é um pouco mais difícil porque há crianças por todo o lado. Nós percebemos que as mães que estão coordenando não podem “administrar” o ministério e pensar em evangelismo, porque elas não têm espaço. Então nós enviamos uma evangelista lá, e o trabalho dela era apenas evangelizar. Ajuda bastante ela ser uma ex-missionária!

Então, como você toma essas decisões? Parece que você vê o trabalho potencial sendo construído em torno de pessoas específicas, tanto membros como equipe. Você tem um grande plano de novos ministérios para começar?

Nenhum grande plano, apenas a Grande Comissão! Uma ideia de ministério pode vir de qualquer pessoa. A questão crítica é a qualidade do líder e a mentalidade voltada para o evangelho daquela pessoa. Uma boa ideia de ministério com o líder errado provavelmente não funcionará ou perderá rapidamente o rumo. Por bom líder quero dizer aquele que preenche as exigências de caráter, competência e coração no evangelho. É uma mentalidade, e é uma confiança no evangelho e uma paixão pelas pessoas serem salvas.

Há uma confiança no EC como método de evangelização de todas as pessoas que tiveram contato com esse ministério, especialmente algumas que se converteram através dele.

Alguns de nossos membros dão testemunho pessoal a Cristo e são capazes de fazer discipulado individual. Outros apenas convidam para a igreja ou para o próximo evento de divulgação ou EC, ou pedem a um membro da equipe que designe uma pessoa para acompanhar alguém que conhece.

Essa é a cultura em geral? Por causa da maneira como as pessoas foram evangelizadas, elas tendem a continuar e fazer o mesmo elas mesmas. A maioria de seus membros é bom em convidar e leva jeito para compartilhar o evangelho com alguém?

Estou destacando algumas pessoas, mas seria errado pensar que essa mentalidade pró-ativa seria o típico membro da igreja. Estamos falando de pessoas que, quer tenham o dom de evangelismo ou são bons em convidar, estão nesse grupo de 10% que têm fome de oportunidades e estão preparadas para isso.

E então eu acho que você tem um grande grupo que basicamente ama a igreja, ama Jesus, dá alguma forma de testemunho em seu trabalho e contexto familiar e acha que o próximo passo é trazê-los para a igreja ou para o EC, e essa é a mentalidade deles. Eu não quero te dar uma visão falsa por ter contado algumas histórias adoráveis. O grosso ainda são pessoas convertidas, mas não excessivamente proativas. No entanto, nossa última pesquisa da igreja disse que 76% da nossa igreja testemunhou para um familiar ou amigo nos últimos seis meses.

Qual sua expectativa para todos evangelizarem? Existem alguns bloqueios que são difíceis de superar?

Eu apenas acho que há uma porcentagem que fará isso de forma mais independente. Para todos, quero que eles estabeleçam bons relacionamentos em que testemunhem e contem sua história, façam o melhor que puderem, mas reconheçam que são realmente parte de uma equipe maior, para ajudar seus amigos e familiares a se aproximarem de nosso Senhor. Então eu quero que eles venham com seu amigo para o EC, caminhem e conversem com eles quando estão pensando sobre o assunto.

Mas alguns deles simplesmente não são tão bons nisso, se sentem intimidados por ser “a pessoa” e têm muito medo de errar. Você dá a eles unidades de treinamento, mas você sabe como é, se você não está fazendo isso regularmente, é difícil e as pessoas estão com tanto medo de errar ou pensam que, se não tiverem todas as respostas, elas estão estragando tudo, ou decepcionando Jesus. Também precisamos reconhecer que em um mundo multi-religioso e multicultural há tantas visões de mundo concorrentes que muitas vezes eles acham que não conseguem entrar em conversas profundas sobre o evangelho.

Estou pensando em introduzir o evangelismo “telefone para um amigo”. Um dos membros da nossa igreja estava conversando com um colega muçulmano em um refeitório. A conversa ficou profunda e ele ligou pra seu amigo que é um evangelista eficaz. Eles colocaram a conversa no viva-voz, o que permitiu que a pressão saísse do membro da igreja. O que foi interessante é que outro cara, sentado na outra mesa, ouviu a conversa e agora se tornou um cristão.

Então, parte disso tem a ver com sua educação ou formação e como eles se percebem como líderes ou influenciadores de outras pessoas?

Isso é certamente um fator, e ainda assim eu sei que com alguns deles, Jesus mudou sua vida de tal maneira que você não consegue fazê-los parar de falar de Jesus.

O que ajuda seus membros a convidar pessoas para a igreja?

Uma igreja calorosa e amistosa é a chave. Você não pode subestimar um sorriso. Você só tem uma chance para as primeiras impressões. No entanto, eu ainda ouço falar de novatos no chá da manhã sozinhos, cercado por cristãos que não são intencionais o suficiente para convidá-los para suas conversas. isso é exasperante!

O ministério infantil tem que ser feito muito bem e parecer ser bem feito. As pessoas confiam seus pequenos queridos a você e, com frequência, podem ser as crianças que fazem os pais irem à igreja.

Também achamos importante ter uma boa e consistente pregação que seja clara, envolvente, fiel e focada em Jesus, e que tenha consciência dos não-cristãos, que são tratados com gentileza e respeito. Acreditamos que a igreja é primeiro para o crente, mas devemos sempre ter o olho no de fora para que, esperamos, suas questões sejam abordadas. Queremos ser uma igreja inclusiva, mas nos termos de Deus.

De que outras maneiras você construiu a cultura das nações vindo e de pessoas que convidam outras pessoas, de forma que, quando elas trazem seus amigos e vizinhos há um engajamento positivo e desafiador, e não “esquisito”?

Hoje em dia a música tem que ser boa. Eu acho que você não pode evitar isso, por qualquer motivo. Eu não sei se é porque Hillsong[1] elevou a exigência ou porque todo mundo está ficando mais especializado em suas próprias experiências musicais.

Tentamos garantir que nossas instalações estejam limpas e apresentáveis. Especialmente com certos grupos étnicos, ter um lugar bagunçado é um verdadeiro fracasso.

Eu tenho essa ideia que eu quero que meu povo se sinta confortável consigo mesmo, e ao mesmo tempo eu quero que eles fiquem firmes com Jesus e desapegados com a cultura para que eles possam ser “tudo para com todos”.[2] Então tentamos celebrar sua diversidade, também.

Temos um pequeno sistema de cotas para que haja um nível mínimo de diversidade étnica e de gênero na frente. Também temos três cabines de tradução para que pelo menos o sermão esteja em sua língua materna. Temos um tradutor de inglês, também porque não sou muito bom para pessoas com inglês como segunda língua — eu falo rápido demais, sou muito australiano, minhas gírias não funcionam para eles.

A clareza tem muito valor para nós, e se alguém não é claro, sabe que vai ter uma forte reação da minha parte, porque temos pessoas demais que tiveram uma experiência ruim na educação formal e que se sentem burras. Por isso, constantemente dizemos: “Se você não entendeu, a culpa é nossa”. Nós tiramos a culpa deles, e então esclarecemos as coisas. Sobre a pregação, não me importo se você é engraçado; me importo se você é fiel e claro — isso é o que me importa.

Como você continua definindo a visão e a cultura que deseja?

Eu realmente reforço o princípio de que a visão se beneficia de histórias que captam nossa visão e valores. Então, sempre que ouço uma história de alguém testemunhando para alguém, ou alguém fazendo um grande chamado para Jesus, eu envio por e-mail ou entrevisto a pessoa na igreja.

Por exemplo, recentemente uma mulher me contou uma história sobre fazer com que seu grupo de crescimento a cobrasse sobre visitar uma senhora afegã em sua rua. As duas mulheres estão agora se reunindo regularmente com seus respectivos maridos, tendo “conversas sobre Jesus”. É simplesmente uma história realmente adorável. Então (com a permissão dela) eu vou enviar isso em um e-mail para todos. Na maioria das semanas, há histórias sendo divulgadas.

E entrevistas pessoais — é apenas fazer com que as pessoas comuns falem das oportunidades que elas têm. Nós usamos a frase “Tornar as pessoas comuns em heróis”. Como pastor eles meio que esperam que eu evangelize, você sabe — eu sou pago pra isso, e eu fui para o seminário. Mas estou sempre tentando encontrar aquela pessoa que não vai ser o caso clássico, para trazê-la à frente e deixá-la contar sua história de evangelização.

O que dizer da leitura bíblica em duplas, isso é parte da cultura de maneira geral?

Eu sabia que você faria essa pergunta. É a pergunta certa e eu não diria que é o DNA do nosso povo. Há uma pequena porcentagem que pode e fará isso, mas será uma pequena porcentagem.

Uma das tensões que eu sinto com as igrejas maiores é que o ministério cristão se torna “traga seus amigos para nós e os evangelizaremos”, ao invés de “eu posso falar do evangelho para alguém”.

Eu acho que você está certo. O modelo ideal é ambos - é institucional e pessoal. E isso está no livro de Peter Adam sobre pregação onde havia um parágrafo que me marcou e que falava sobre o ministério da palavra. Algumas igrejas apenas reduzem isso ao púlpito ou ao pequeno grupo, mas na verdade ele cobre todo o contexto de casa em casa, um a um.

Como você encoraja seu pessoal a se alimentar da palavra?

Ao tentar levar as pessoas a aumentar sua vida devocional, fazemos uma coisa chamada Atenção total. É um diário de leitura e oração da Bíblia, usando o método em quatro etapas: Escritura – Observação – Aplicação – Oração.

No início do ano passado, os funcionários foram a diferentes partes da nossa região, a cafés, McDonald's, etc., e nos reunimos com pessoas e fizemos nossos momentos devocionais juntos usando esse método. É ler uma seção, deter-se em um versículo, escrevê-lo em suas próprias palavras e orar. (Se eu fizer com que as pessoas tentem escrevê-lo com suas próprias palavras, elas implicitamente terão que usar todo um conjunto de habilidades exegéticas para compreender o que se passa). Depois, compartilhamos o que escrevemos.

Isso foi bom para capacitar as pessoas a abrirem a palavra, refletirem nela por si mesmas, compartilharem com os outros o que aprenderam e depois orarem juntas.

Conte-me sobre o curso de liderança.

Eu serei honesto com você — o curso começa com a nossa versão de Os sete hábitos das pessoas altamente eficazes. Começamos com uma estrutura do evangelho e depois tentamos fazer com que elas pensem em "ser pró-ativo" e "começar com o fim em mente" e esse tipo de pensamento.

Nós então fazemos o Gospel-centred leadership [Liderança centrada no Evangelho], de Steve Timmis. É um ótimo curso.

Temos também um termo sobre doutrina que chamamos de Articulações, enfocando como uma doutrina se conecta com outra, por exemplo: fé e obras, soberania de Deus e responsabilidade humana. Além disso, ensinamos-lhes Descoberta de Manuscritos sobre Filipenses.

Queremos ter certeza de que o curso de liderança não é apenas para aqueles que vão ser professores formais da Bíblia. Queremos abordar questões mais amplas de liderança, bem como as noções básicas de como compartilhar sua fé e abrir a palavra com outros.

Por exemplo, incluímos uma oficina de formação de equipe, que é para capacitar as pessoas para saber como administrar uma equipe centrada no pastorado e orientada pela visão, com habilidades de compartilhar a visão, dar retorno, celebrar... coisas que tendem a ficar perdidas em muitos ministérios.

E alguns deles não tem nenhuma experiência anterior de liderança?

Dada a nossa demografia, muitas pessoas não têm muita experiência de liderança em nenhum contexto. Como resultado, percebemos que demora um pouco mais para colocá-las a bordo. É engraçado, mas fazer este curso ajudou alguns deles a conseguir empregos ou promoções porque eles têm uma nova linguagem e novas percepções.

Também trabalhamos com materiais de ministério, como o “Ministério do banco”, e depois seguimos a cada semana para um período sobre como eles foram, servindo antes e depois da igreja.

É incrível, mas às vezes é tão simples como treinar pessoas para sorrir! Minha esposa tem um pequeno curso sobre sorrir para os líderes do ministério de crianças, porque se essas crianças não veem um líder sorrir, pensam que ele está chateado com elas.

Há preocupações que você tem no momento sobre mudar a cultura?

A razão pela qual eu brinquei sobre a questão que eu sabia que você ia me fazer (sobre a leitura bíblica em duplas) é porque eu realmente acredito nisso.

Meu teste decisivo é que se um método de ministério não consegue trabalhar Coríntios em uma sala de trinta pessoas, então estamos nos apoiando em algo que não seja sua palavra e os elementos centrais da comunhão e do ministério. Então é minha pequena regra: qualquer que seja o modelo que você esteja adotando, no final você tem que ser capaz de reduzi-lo a alguns elementos essenciais que não são negociáveis.

E assim, no modelo orientado para o consumidor, de uma grande igreja, eu me preocupo com a perda do ministério sacrificial em benefício dos outros. Você pensa muito sobre como apresentar as coisas que no final parece que você está dando comida na boca em vez de deixá-los aprender por si mesmos. Se a igreja é muito organizada, você perde a desordem da vida no ministério. Então, em parte, perde-se um elemento sacrificial da vida cristã; em parte, perde-se a confiança deles em poder ler a palavra e lê-la com os outros. Eu sei que é um grande fardo para você e acho que é uma preocupação legítima. Eu acho que no ministério das mulheres eles tentaram fazer algumas coisas ao longo do caminho, para fazê-las abrir a Bíblia com as pessoas, mas eu não acho que seja a norma em nossa congregação.

É algo sobre o que vocês falam, como evitar a cultura do consumidor à medida que vocês crescem?

De certa forma, as igrejas maiores pedem mais de seus membros, mas você tende a fazer com que eles adotem papeis específicos, em vez de serem discipuladores.

É com isso que me preocupo com esses modelos.

Oh, você tem o direito de se preocupar, porque você sabe que quando você tira essa pessoa de uma igreja que tem esse modelo e caminhos claros, eu acho que ela vai se atrapalhar, porque não sabe como fazer ministério não estruturado em um contexto confuso dentro de condições menos que ideais.

Como você pessoalmente teve que mudar desde que cresceram? (Quero dizer, quando o ministério ficou maior.) Quais foram alguns dos desafios para você em seus dons e personalidade?

Bem, sou altamente intuitivo e relacional, e já não posso mais ser tão intuitivo. Preciso fazer mais conclusões baseadas em evidências sempre que tomo uma decisão! Eu preciso pensar mais em “estruturas”; preciso saber onde estou fraco e deixar os outros entrarem.

Há uma frase que vem à mente: “Não há um líder completo, há apenas uma igreja completa”. Então, tem a ver com usar os dons da igreja em vez de tentar ser o “pau para toda obra”, que é o que nossos heróis eram, e então perceber: “sabe, eu só sou bom em três ou quatro coisas — então eu deveria gastar mais do meu tempo nelas”. Então eu não lidero reuniões de equipe agora — o pastor executivo faz isso.

Quando comecei a plantação de igrejas, minha filosofia era ensinar a Jesus a partir da Bíblia no contexto de relacionamentos amorosos. Mas à medida que as coisas cresciam, ficaram mais complicadas e eu tinha menos tempo para fazer o que é meu primeiro amor. Parte de ter uma equipe de funcionários crescente é ter que gastar mais tempo com eles. Eu sempre lembro de você (Colin) dizendo: “Você acha que colocar mais um membro na equipe vai lhe poupar tempo, mas na verdade toma mais tempo”.

Obviamente, você ainda deve se encontrar com as pessoas ao redor da palavra — caso contrário, a integridade se perde — mas você não o faz da maneira que fazia quando tinha 40 pessoas.

Você faz algumas coisas assim, onde você simplesmente se aprofunda e faz um estudo bíblico com alguém?

Eu ainda faço um EC a cada ano, faço parte de uma equipe que faz isso. E se há um cara na igreja, especialmente se ele tem o que eu chamo de "o caminho curto para a liderança", então eu começo com EC com ele e nós vemos se ele está fundamentado no evangelho e, em seguida, trabalhamos com Firme Fundamento. E então vemos onde ele vai ministrar. Eu gosto de ter um ou dois homens com quem estou fazendo isso, pelo bem deles e pelo meu bem.

E quantos estão na equipe?

Dez pessoas, a maior parte em tempo integral. Temos um novo cara para o ano que vem que será nosso plantador de igrejas no ano seguinte.

Então, o modelo de crescimento é fazer plantação de igrejas?

Temos metas para os próximos dez anos e uma é plantar igrejas a cada dois anos. cada plantação será um ministério satélite por cinco anos e então eles decidirão se querem se tornar independentes ou não.

Mas queremos ter certeza de que eles receberam nosso DNA. E também queremos plantar com um mínimo de setenta pessoas, porque tem havido muito desgaste em igrejas que são pequenas e estão tentando fazer tudo.

De certa forma, estamos agindo mais devagar. O velho eu teria se movido mais rapidamente! E às vezes você tem que fazer isso, mas talvez eu esteja ficando velho demais, ou só quero que as coisas durem, sobrevivam e prosperem.

Qual é a declaração de visão da sua igreja?

Ver vidas transformadas através de Jesus Cristo, para a glória de Deus.



[1] Uma grande igreja pentecostal em Sydney, famosa por seu ministério de música.

[2] 1Co 9.22.

A história de Ricardo

De espectadores de cultos a discipuladores: Transformando uma igreja tradicional e confortável

Ricardo foi nomeado ministro de uma igreja denominacional em uma grande cidade regional há alguns anos.

Como você descreveria a cultura do ministério quando chegou?

Havia uma história de pregação bíblica e ministério evangélico. Era um modelo muito mais tradicional do que estávamos acostumados. A placa da frente era muito tradicional. Era tudo muito confortável. Os líderes estavam bastante comprometidos em mudar, mas não tinham certeza do que isso envolveria.

Como era essa cultura confortável?

As pessoas falavam se você frequentava a igreja, mas não se você era cristão. Tudo era muito caseiro. Você tinha que ter a linguagem. Ficamos impressionados como quase todos os ministérios tinham um acrônimo, mas não entendíamos o que significava. Não havia direção óbvia ou propósito declarado para as coisas. As coisas eram feitas porque sempre foram. Era muito interligado, todos se conheciam. O ministro anterior era um evangelista, mas as pessoas não falavam sobre missão, exceto sobre missões no exterior. Os presbíteros eram bons homens, firmes no evangelho, mas não estavam liderando a igreja nesse sentido.

Quantos cultos existiam?

Dois e meio, na verdade. Um às 9h e um às 10h30 mais um culto à noite, que era mais como uma segunda porção para alguns. Passaram por várias mudanças nos estilos. O comparecimento geral era estável em números.

Quando você chegou, o que seu coração desejava trabalhar?

Tudo, na verdade. Essencialmente, queríamos que as pessoas deixassem de ser passageiras e começassem a ser participantes. Havia a sensação de que, se você fosse à igreja, era o bastante. As pessoas eram simpáticas, educadas e “igrejadas”, mas não havia esse tom de “O que eu estou fazendo durante a semana e como posso crescer como cristão?” Queria que as pessoas realmente se envolvessem com o sermão e fossem desafiadas e transformadas por ele. As pessoas não falavam sobre o sermão durante o chá da manhã. No boletim, o espaço para fazer anotações do sermão era de apenas um terço da página.

Quais foram as primeiras coisas em que você trabalhou?

Eu preguei ao longo de Efésios, porque eu queria dar às pessoas um senso da missão de Deus e da grandeza disso. Eu amo a teologia nos três primeiros capítulos e a maneira como ela resulta no “ministério de todos” no capítulo 4 e em diante. Eu queria elevar o nível de pregação e ter um nível de profundidade (não gosto da palavra “excelência”). Eles não estavam acostumados com isso. E eu queria que eles pensassem muito e entendessem que o domingo valia a pena, porque todos seremos desafiados e mudados por Deus através de sua Palavra.

Em que mais você trabalhou para tornar o domingo assim?

Nós apenas usamos nossos instintos e fizemos coisas que assumimos como normais; demoramos a perceber como elas eram diferentes. Todas as coisas que tomamos como comuns — como incluir pessoas nos cultos de domingo; esperar que os líderes do culto o preparassem e vissem isso como um papel de ensino; apenas querer que as coisas sejam bem feitas e pensadas. Um dos comentários que as pessoas estavam fazendo — delicadamente — era: “Você tem uma razão para tudo que faz".

Eu trabalhei duro para dizer não apenas o que estamos fazendo, mas porque estamos fazendo isso — dando uma razão a partir do evangelho (por exemplo, “vamos ter mais espaço no esboço para fazer anotações do sermão porque estamos nos reunindo em torno da Palavra de Deus, e isso importa”). Nós conversamos sobre como escolhemos as músicas. Incluí momentos de ministério no domingo (um espaço de 5 a 10 minutos) para explicar por que fazemos coisas como cantar, orar, liderar ou convidar. Falamos sobre o chá da manhã (o lanche) como uma oportunidade de ministério. Tivemos a ideia de ter um espaço no boletim onde você poderia escrever uma coisa sobre a qual poderia conversar com outras pessoas no chá da manhã, para conduzir essa cultura do ministério de 'uns aos outros'.

Eu queria ser aberto e intencional sobre tudo e ajudar as pessoas a pensarem por que fazemos o que fazemos.

Minha esposa e eu também instintivamente pegamos pessoas que estão embarcando conosco, trabalhamos ao lado delas e esperamos que elas fossem contagiantes nessas coisas, e isso meio que aconteceu.

Durante todo esse tempo nos primeiros meses, também estávamos falando sobre a reestruturação das igrejas, indo de 'cultos' para 'congregações'. Nós estávamos começando a educar e preparar as pessoas para isso. Isso significava que estávamos falando sobre por que fazemos igreja, qual é o nosso objetivo quando nos reunimos, como alcançaremos nossa cidade.

Você estava fazendo isso com todos juntos, ou começando com os presbíteros e depois expandindo?

Todo domingo era uma oportunidade para moldar a cultura, mas por trás das cenas nós estávamos trabalhando muito duro com os presbíteros. Eu apreciei que eles eram realmente caras legais que estavam trabalhando "na" igreja, mas não tinham o conceito de trabalhar "pela" igreja. Então eu precisava que eles tivessem um pouco de vantagem nisso.

O ano em que cheguei foi quando A treliça e a videira foi lançado. Entregamos aos presbíteros uma cópia e lemos em voz alta o primeiro capítulo na primeira reunião da sessão da qual participei. Isso foi muito estranho, mas realmente funcionou. Os caras não estavam acostumados com isso, mas dissemos que iríamos ler o próximo capítulo para a próxima reunião. Eles estavam realmente relutantes, mas na verdade adoraram e adotaram a ideia da treliça e da videira, e isso moldou o pensamento deles. Isso nos deu uma linguagem compartilhada e um recurso. E isso também significava que eu não era o cara mau; mas o que estávamos fazendo, estávamos fazendo juntos e era algo maior do que apenas nós, e não era nenhuma loucura.

Houve muita resistência a essa mudança de paradigma e esse tipo de análise?

Nenhuma resistência dos presbíteros. Eles demoraram um pouco para colocar suas mentes nisso, contudo.

Houve alguns momentos críticos. Como quando eu apareci na reunião do conselho e estávamos apenas nos atualizando antes da reunião, e um dos caras, um homem mais velho - um pouco rude, mas tem um grande coração — estava dizendo que conversou com algumas pessoas no domingo e eles tinham uma queixa sobre as mudanças. E eu disse a ele: "Como você respondeu a esse cara"?

E ele disse: "Oh, eu apenas deixei eles falarem à vontade".

Então eu disse a ele, com todos os presbíteros lá, “Eu acho que foi um erro, porque eles realmente acham que você concorda com eles. E eu realmente preciso que você defenda o que acha certo e fale disso”.

E nós conversamos sobre isso por um tempo. Foi bem confrontador. Ele realmente aceitou isso e levou a sério. E eu acho que foi um momento em que eles estavam realmente pensando que não poderiam ser apenas os caras legais.

Ele era um presbítero influente no grupo?

Não muito, mas ele seria uma caixa de ressonância para os reclamões. Outra coisa que aconteceu puramente "por acidente" foi que minha esposa e eu começamos a dirigir um estudo bíblico na vila de aposentados, com pessoas mais velhas da congregação anterior. Apenas líamos uma passagem da Bíblia e orávamos com eles, mas com o tempo eles nos perguntavam o que estava acontecendo e não gostaram. Mas quando conversamos com eles, eles puderam ver a razão do evangelho para isso. Isso foi realmente importante porque eles falaram com os outros velhos. Isso foi apenas providencial — nós ganhamos esse núcleo de apoiadores, simplesmente nos reunindo em suas casas e amando-os, e eles gostaram de ler a Bíblia conosco e orar. Eles se tornaram leais apoiadores e estavam prontos para falar em nosso favor, e eram respeitados na igreja.

Em quais mudanças estruturais você trabalhou?

A principal mudança da treliça era mudar toda a estrutura da igreja. Em vez de uma igreja com vários cultos, começamos a usar a linguagem de uma rede de igrejas e levantamos todo tipo de questões sobre o que estávamos fazendo e por quê. Essa foi uma enorme mudança de treliça.

Quanto tempo demorou para falar sobre isso e conseguir apoio para essa mudança?

Após cerca de quatro meses, lançamos a nova estrutura. Isso foi provavelmente mais rápido do que eu esperava, mas os presbíteros estavam realmente animados com isso. Eu acho que, em retrospecto, funcionou bem.

Eu acho que tenho a habilidade de me comunicar bem do púlpito e trazer pessoas comigo. Eu acho que as pessoas gostaram da clareza do que estava acontecendo lá na frente. Eles podem ter ficado um pouco preocupados com o que estava acontecendo, mas sabiam que havia uma razão e confiavam.

Eu fui ajudado recentemente por uma oficina sobre visão e valores. Este material era completamente novo para mim. Conseguimos fazer o líder da oficina descer e passar um dia com os presbíteros. E isso começou um processo realmente útil de desenvolver nossa declaração de missão: “seguidores crescentes de Jesus” e nossos valores fundamentais. O resultado foi muito bom, mas o processo foi realmente ótimo, falando sobre o que importa para nossas igrejas e para nós. Foi bom para mim e para o outro pastor, Jorge, pois pegamos todas as colaborações dos presbíteros e colocamos em algo que era viável.

O líder da oficina disse algo muito útil. A maneira como você cria mudanças é falando à mente e ao coração das pessoas. E a maneira como você fala às mentes das pessoas é através do ensino e da apresentação, mas a maneira como você fala ao coração das pessoas é através do testemunho pessoal.

Então, nós tivemos essa reunião congregacional e eu pedi a todos os presbíteros cinco minutos para compartilhar da frente porque eles estavam empolgados com as possibilidades. E alguns dos caras nunca tinham falado na frente da igreja antes. Para um cara, Bruno, um construtor de 60 anos, suas pernas estavam literalmente tremendo atrás do púlpito. Mas ele deu este grande testemunho sobre o apóstolo Paulo e sobre ser todas as coisas para todos os homens. E então eu consegui que os presbíteros liderassem pequenos grupos sentados ao redor do prédio da igreja — nós levamos os assentos — e eles poderiam fazer qualquer pergunta aos presbíteros e orar sobre isso. Isso foi realmente poderoso.

Eu ficava dizendo para as pessoas: essa não é uma ideia minha, mas eu vim para cá porque os presbíteros querem fazer isso e é nossa ideia. Eu continuei enfatizando para os presbíteros que nós temos que fazer isso juntos. E nós temos que levar as pessoas conosco o máximo que pudermos.

Mas eu também disse a eles que temos que estar preparados para algumas pessoas realmente odiarem e até saírem, mas tudo bem. Temos que ser claros em Deus que é para onde queremos ir, e isso vale a perda de algumas pessoas. Então eu estava tentando desenvolvê-los como líderes.

Houve alguma resistência teológica?

Não. Na verdade, as pessoas são menos teologicamente astutas do que gostaríamos. Então foi mais ao nível pragmático: não vejo pessoas que gosto; ou parece que você está dividindo a igreja. Foi nesse tipo de nível emocional e relacional.

Mas eles entenderam o objetivo da missão, de alcançar nossa cidade com o evangelho. É por isso que estávamos mudando as coisas.

Em que você trabalhou naqueles primeiros anos para ajudar os discípulos a fazer discípulos?

O que eu faço instintivamente é encontrar homens para ler a Bíblia em duplas. Eu fazia muito isso. Os jovens adultos eram tratados como crianças e eram considerados como crianças porque tinham crescido na igreja. Não havia sangue novo nem nada parecido. Então comecei a me encontrar com os rapazes e disse a alguns deles que tinham que sair de casa. Alguns deles saíram, só para começar a crescer.

Eu estava procurando por pessoas que viessem e conversassem comigo sobre o sermão, por homens que estavam felizes em guardar cadeiras, caras que mostravam qualquer centelha ou tipo de liderança. Eu pensei que se eu pedisse para eles lerem a Bíblia comigo, isso seria um bom filtro. Eu escolhi horários que eram complicados como de manhã cedo, como um pouco de teste. Eu normalmente me encontrava com uns seis caras. Isso incluiu alguns dos presbíteros. Eu queria conhecê-los e eles também, mas também construir um relacionamento em torno da Bíblia.

Isso pegou, com os homens fazendo isso com outros homens?

Sim, muito, é uma coisa muito grande agora. Foi incrivelmente útil ter uma data final no começo. Então, eu diria: que tal nos reunirmos por um período e, ao final, vou fazer com que você se encontre com outra pessoa e veremos como você se sai. Esse foi o processo.

Com quem os homens leem, outros membros ou não-cristãos?

Para os caras, é muito raro com os incrédulos. Algumas das mulheres se encontraram com não-cristãs, mas os homens não. Essa tem sido uma dificuldade.

Em quais outras áreas você trabalhou para preparar discípulos para fazer discípulos?

Nós realmente trabalhamos na área de convidar as pessoas para a igreja, porque não havia aquela sensação do que eu chamaria de sentimento de missão para a igreja. Então começamos a ter domingos de convite, em que era o domingo para trazer seus amigos. Nós estávamos dizendo que a igreja deveria estar aberta de modo que alguém que entre entenda o que estamos fazendo.

Uma coisa maluca. Na igreja à noite, os jovens adultos estacionavam seus carros no estacionamento de um jeito que dificultava os outros a saírem, de brincadeira. Então eu me levantei e disse: "Isso é engraçado, mas vamos pensar em uma nova pessoa chegando, como ela se sentiria?" Isso nunca teria ocorrido a eles. Eles simplesmente pararam de fazer isso. Havia uma grande coisa na igreja à noite sobre não ser fechado. Nós estabelecemos esse hábito de quando você for para o café, não ficar em um círculo, mas em uma ferradura para que outra pessoa possa sempre se juntar a você. Ficou engraçado com as pessoas perguntando a um grupo: "Isso é um círculo?" Toda vez que fizemos a piada, porém, vinha novamente a questão de querer ser amigável aos de fora.

Você começou a ver membros fazendo convites e trazendo as pessoas?

Sim, e acho que a chave para tudo isso foi que eles estavam confiantes sobre o que aconteceria em um domingo, que a Bíblia seria ensinada bem e o evangelho explicado. As pessoas começaram a correr riscos convidando outras pessoas e eu dizia: "Arrisque-se - qual é a pior coisa que poderia acontecer?"

O que você trabalhou em seus pequenos grupos?

Nós herdamos alguns pequenos grupos que se reuniam a cada duas semanas. Nós os tornamos semanais e os chamamos de grupos de crescimento e conversamos sobre o porquê disso.

Começamos a treinar os líderes usando grupos de crescimento. Começamos a usar a passagem do sermão nos grupos semanais para comunicar que o domingo era importante. E nós trabalhamos duro para aumentar a percepção da igreja e dos líderes acerca de si como professores da Palavra de Deus e fazendo discípulos. Conhecemos os líderes igreja por igreja, nas reuniões dos líderes. Eu estava pensando sobre esse guarda-chuva de cuidado. Então, eu cuidava dos líderes para que eles pudessem cuidar do grupo deles. Eu encontrava líderes particularmente a cada semestre para conversar sobre o que estava acontecendo em seu grupo.

Você quer que os grupos façam evangelismo de alguma forma, que tenham uma pegada de evangelismo?

Quero. A principal maneira de fazer isso é orando. Apenas alguns grupos fizeram algo evangelisticamente juntos.

Um grupo de garotas assumiu o clube de rúgbi feminino local. Tentei encontrar pessoas que tivessem uma iniciativa e realmente honrasse e orasse por isso. E esperamos que isso possa inspirar os outros. E isso tem sido proveitoso na construção do trabalho.

Você já fez treinamento evangelístico em todas as igrejas?

Temos regularmente treinado para compartilhar o evangelho e responder perguntas. Nós temos um grande evento de natal e, para isso, sempre realizamos treinamentos. O mais recente foi sobre compartilhar seu testemunho.

Em nossos grupos de crescimento em diferentes momentos, fizemos um curso ou tentamos ter um componente de treinamento cada vez que nos encontramos, além do estudo da Bíblia e da oração. Mas os líderes não conseguiram - foi muito complicado. Uma das melhores coisas era ler o livro de Tony, The thing is, e passar quinze minutos a cada noite falando sobre um capítulo.

No último período, tivemos um evento de fisiculturismo para todas as igrejas. Nós fizemos algo sobre o Islã, sobre ler a Bíblia em voz alta, sobre oração pessoal e leitura da Bíblia e compartilhar seu testemunho. Qualquer um poderia vir. Você pode escolher uma oficina antes e depois da pausa para café.

Muitas igrejas acham que a frequência para esses eventos é muito baixa. Eles esperam que os membros tenham dois compromissos por semana - a igreja e um pequeno grupo. Mas parece que você tem um retorno razoável para essas coisas extras de treinamento.

Eu acho que essa é a beleza do ministério rural. As pessoas têm mais tempo porque não trabalham longe. E estão conectadas de forma relacional. Quando falo com meus amigos em Sydney, a vida da comunidade é diferente e eles têm menos tempo disponível. Aqui, a maioria das pessoas está em casa no máximo dez minutos depois de sair do trabalho.

E quanto ao cuidado pastoral? Um dos bloqueios no crescimento é a expectativa de que o pastor fará todas as visitas.

Quando cheguei, disse aos presbíteros que não teria tempo para fazer muitas coisas esperavam que um ministro faria. Eu fui claro em dizer: "aqui estão as minhas prioridades em termos de treinamento e preparação". Eu disse a eles que, por instinto, passaria mais tempo com os líderes. Os presbíteros têm sido ótimos e visitam muito. Tenho certeza de que muitos membros mais velhos se chocaram comigo porque não os visito, mas nunca me preocupei com isso. Eu acho pessoas que são boas em visitá-las e as encorajo.

Como você, sua equipe e presbíteros moldaram a mudança cultural?

Em tudo o que fazemos, queremos os presbíteros são visíveis e proeminentes ao falar sobre as prioridades do nosso ministério. Eles são realmente ativos em todas as coisas que fazemos. De certa forma, teríamos mais respeito e as pessoas poderiam seguir mais se o que estivéssemos fazendo fosse mais proeminente, mas queremos ser servos.

Estamos realmente comprometidos com a missão e modelamos de maneira natural. Todos nos encontramos com pessoas individualmente. A maioria dos presbíteros lê a Bíblia com outro cara.

Quando chegamos, não havia uma cultura de hospitalidade. Então, minha esposa e eu modelamos isso e incentivamos as pessoas a fazer isso. De modo que quando plantamos esta última igreja, as pessoas foram muito hospitaleiras. Anteriormente, não é que eles não quisessem ser; mas isso nunca haviam ocorrido a eles, eles não haviam pensado nisso.

Ao longo do caminho, como você lidou com resistência e bloqueios? Parece que você teve um percurso dos sonhos.

Nos primeiros dias, algumas pessoas não queriam mudar para o modelo de múltiplas igrejas. Isso teve um impacto social em suas amizades. Acho que trabalhei isso sendo graciosamente irredutível. Eu queria ouvir as pessoas, mas estava muito determinado. Houve muitas conversas. Era importante dizer as coisas e apresentá-las claramente em um formato do evangelho, ouvir as pessoas e se certificar de que elas eram ouvidas. "Eu estou ouvindo você, mas estamos indo por esse caminho" — sem atropelá-los. Muito e muito disso.

Os presbíteros apoiaram as mudanças e não ficaram de lado assistindo João e Jorge fazerem o trabalho. Nós falamos sobre “nós”, os presbíteros, não do “meu” sonho como ministro.

Apresentamos as grandes mudanças nos primeiros seis meses. Foi mais pragmático. Deus foi muito bom. Uma vez que nos mudamos para a estrutura de três igrejas independentes, começamos a crescer. Então era difícil argumentar contra o que estava acontecendo. Agora temos três congregações saudáveis de cerca de 100 membros e a nova acabou de começar. Então, todo mundo vê isso.

Se você vier agora, ainda encontra pessoas que sentem falta dos velhos tempos. Mas as novas não têm apego ao passado e simplesmente gostam disso. As pessoas adoram ouvir a palavra sendo ensinada. Isso ajudou a moldar a cultura em torno da lealdade ao evangelho em vez de nossa herança denominacional.

E eu acho que quando você está liderando fortemente à frente e explica as coisas, as pessoas vão com você. Se são pessoas de bom coração e amam o evangelho, elas irão com você e você ganhará alguma confiança. Se você é um pregador forte e se as coisas estão fazendo sentido, as pessoas vão te dar um pouco de lastro. Essa tem sido minha experiência.

Que símbolos ou artefatos ajudaram a mudar a cultura?

Mudar o letreiro da igreja foi um grande momento. A igreja ficava num grande quarteirão, e faz tempo venderam a metade da frente para um hotel para pagar o prédio. Da estrada, tudo o que você pode ver da nossa igreja é uma entrada de automóveis. Então havia essa enorme seta branca, com escrita azul conservadora e essa foto de uma família dos anos 70.

Alguém sugeriu que mudássemos a placa, aumentássemos nossa visibilidade e fizéssemos algo divertido. Eu sugeri fazer algo verde e brilhante. Dois presbíteros conservadores disseram: “Vamos pintar uma grande seta verde”. Então eu me afastei e deixei os dois presbíteros pintarem a placa. Se alguém me perguntasse sobre a placa, eu dizia: “Você terá que perguntar a Barnabé e Ian sobre isso!”

Imediatamente as pessoas da comunidade começaram a falar sobre a grande seta verde. Colocamos uma faixa no topo e tínhamos um novo site. Nos deu uma presença. Foi divertido.

Outra coisa importante foram as canções de natal. Nós costumávamos cantar canções de natal todos os anos no prédio da igreja.

“Por que fazemos isso?” Eu perguntei.

“Porque é Natal.”

Eu sugeri convidarmos a comunidade. Então formamos uma equipe, distribuímos convites nas caixas de correio, imprimimos e vestimos camisetas verdes com o nosso slogan, e fizemos pinturas de rosto. Era uma coisa grande, e as pessoas estavam um pouco nervosas com isso. Mas ficou lotado (cerca de quatrocentas pessoas vieram) e trouxe as pessoas para o nosso terreno. Foi louco. As crianças ficaram amontoadas na frente, algumas delas se estranhando — e eu tentando separar essas crianças com meus pés para impedi-las de brigarem, enquanto tocava Hark the Herald Angels Sing com meu violão.

Mas Deus honrou tudo isso, e a partir daí percebemos que tínhamos que sair com as canções natalinas. Desde então, fazemos um culto de cantos ao ar livre, conduzido da traseira de um caminhão estacionado em nossa garagem.

Também remodelamos o boletim da igreja e tornamos as coisas mais profissionais. Trabalhamos em nosso site e em nossos audiovisuais. Não queríamos que as pessoas ficassem envergonhadas se viessem.

Todas as semanas eu envio um e-mail que inclui notícias do boletim, além de um pequeno artigo que escrevi — elogiando a congregação por ser acolhedora para os recém-chegados e reforçando isso, ou respondendo ao sermão. Tudo isso ajudou a remodelar a cultura — pequenas coisas que juntas se tornam muito poderosas.

Parece que você está se comunicando publicamente, trabalhando com seus presbíteros e depois conversando sem parar com todos.

Às vezes também visitamos grupos domésticos. De certa forma, minha esposa e eu ficamos mais confortáveis com esse modelo menor porque mantivemos esse contato pessoal.

Mas agora você tem de 300 a 400 pessoas em um domingo, então como você mantém esse contato pessoal?

Então, agora há pessoas nas igrejas que eu não pastoreio, que nunca conheci.

Então, como você teve que mudar seus papéis e os papéis da equipe? Como o pastor sênior ou o seja qual for seu cargo, como você teve que mudar seus papéis ao longo dos anos?

Bem, eu não sou o pastor sênior, sou apenas um pastor. Recentemente, percebi que existe um nome técnico para o que fazemos, e é uma “equipe autogerenciada”. É uma estrutura plana, o que significa que a equipe lidera o trabalho, mas em momentos diferentes, alguém da equipe terá mais responsabilidade por algum aspecto.

Como funciona?

Funciona mudando o tempo todo. No momento, sou responsável pela igreja à noite com a equipe de liderança e nossa nova igreja. Eu faço nossas reuniões de equipe. Eu não sou o CEO, no meu entendimento.

Eu não fiz menos ministério e treinamento pessoal, apenas me concentrei mais. O desafio deste ano é cuidar de duas igrejas. Mas não sinto nenhuma responsabilidade pastoral de cuidar das outras duas igrejas. Eu ainda faço muito encontros individuais. Minha esposa se encontra com cerca de seis mulheres por semana. E estou fazendo mais ou menos isso. É isso que amamos fazer, é um bônus.

Em nossa equipe autogerenciada, Jorge é melhor com dinheiro e planejamento, então cuida do Comitê de Administração.

Como você pensa em manter o ímpeto para a mudança?

Nós achamos que igrejas de 80 a 100 pessoas funcionam em nosso contexto. Não temos planos além de nossa próxima plantação daqui a dois anos. Estou nervoso com isso. Os presbíteros estão interessados e mostraram que levam a sério, três deles se juntando à nossa plantação atual. A próxima testará se podemos crescer com esse modelo.

O edifício atual tem capacidade para 200, o que é suficientemente grande no momento, neste modelo.

Outra coisa sobre o ímpeto — a melhor coisa evangelística que fizemos corporativamente é o nosso jantar Alimento para a mente, a cada período. Vamos a um restaurante, fazemos uma refeição juntos, temos um tema provocativo como: 'Somente pessoas más vão para o céu'; 'Deus odeia religião'; 'Se Deus é tão bom, por que há tantas coisas ruins?' Toda a igreja é convidada a trazer amigos. Temos de 30 a 40 pessoas, com mais de um terço como convidados. Não convido as pessoas a se tornarem cristãs, mas dou uma perspectiva cristã que leva a uma discussão.

O slogan é "Discussão amigável sobre ideias importantes". Tem sido muito revigorante porque os membros veem que seus amigos não-cristãos estão mais do que prontos para uma conversa. E os não-cristãos gostam que isso aconteça em um restaurante. Eles me ouvem falar e são convidados a me ouvir novamente no domingo. A sequência no domingo, porém, é ruim. Nós provavelmente só levamos cinco pessoas à igreja e uma delas se tornou cristã. Mas em termos de dar confiança ao nosso pessoal a confiança foi realmente bom, confiança para ter essas conversas fora dos eventos.

Você já pensou em melhorar o acompanhamento até o domingo?

O acompanhamento pessoal está indo bem, em compartilhar refeições e convidar amigos. Mas vir no domingo é um salto enorme. Eles podem fazer o Explorando o Cristianismo como outra opção.

Você treina alguns membros para liderar o Explorando o Cristianismo?

Os pastores fazem a maior parte disso, mas precisamos fazer isso crescer. Há uma oportunidade agora com um cara novo na igreja à noite que quer realmente saber sobre o que estamos falando e um dos nossos líderes de jovens deve fazer o EC com ele. Então eu me encontrei com o líder da juventude no domingo por algumas horas e dei a ele um curso intensivo.

Eu disse a ele: “Eu estou querendo treinar pessoas no EC e elas não vêm, então talvez este seja o modelo. Então eu vou inserir você. Eu acho que você pode fazer isso.”